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- só um momento, testa esse aqui- falei entregando outro cartão para o atendente do café.

- recusou também, você teria outro?

- testa esses aqui - falei entregando mais três cartões.

O que está acontecendo aqui? Por quê meus cartões não querem passar?

Só tem uma resposta para isso...

- desculpe senhor, mas esses também não passam, desejaria efetuar seu pagamento de outra forma?

- merda, aquele velho bloqueou meus cartões!

- senhor?

- eu vou pagar, eu posso deixar meu número aqui? é que não estou com dinheiro nesse momento- meu Deus que humilhação, aquele velho me paga.

- desculpe senhor, mas você não pode sair sem pagar.

- eu vou pegar! Mas estou sem dinheiro.

- vai pagar mesmo?- ele me olhou com desdém. Quem esse moleque acha que é?

- você sabe com quem está falando? Eu sou a herdeira das empresas Haruno!

- então pague, você não é Rico?- ele falou com deboche, esse moleque!

- eu acho bom você se por no seu lugar, você só é um empregado garoto! - falei com raiva.

- e você é um cliente que quer ir embora sem pagar.

- já chega! Não vou aturar sua arrogância seu pobre!

- do que você me chamou? - ele falou desacreditado.

- apenas disse a verdade- falei irônica.

- o que está havendo aqui?- me virei e vi um homem alto de terno, muito elegante.

O menino que um minuto atrás estava debochando, agora parecia bem tenso com a presença do homem alto.

- desculpe senhor- ele falou abaixando a cabeça - mas esse senhor estava querendo ir sem pagar a conta.

- ei!- o homem alto não deixou- me terminar e me interrompeu.

- tudo bem,eu pago, quanto foi? - ele perguntou tirando sua carteira do bolso.

O atendente falou o preço e o homem misterioso pagou logo saíndo do estabelecimento. Eu fui atrás agradecer.

- LICENÇA! - ele ainda estava de frente ao prédio falando ao telefone, ele virou o rosto e acenou. Eu me aproximei dele.

- okay, depois eu resolvo isso - ele falou e desligou o smartphone. - sim?

- eu vim agradecer por ter pagado a conta, eu irei te pagar em breve.

- há - ele sorriu - não é necessário, agora se me der licença, preciso ir - ele apertou minha mão e saiu dali.

Eu resolvi sair dali também.

minha vida secreta Onde histórias criam vida. Descubra agora