✓ 𝖞𝖔𝖚𝖓𝖌 𝖌𝖔𝖉, (hayley marshall)

𝟑.𝟏𝟗: a reciprocidade é o dia do julgamento

 ❛ YOUNG GOD! ༉˚✧

Ela não queria ser uma vampira. 

Ela não queria construir seu próprio legado em meio a blocos concretos de perda e destruição. Ela não queria nem tentar.

Ser um ser sobrenatural era perigoso, assustador e na maioria das vezes acabava de um jeito mórbido  e detestável. 

Seu nome? Lilian Danielle Mikaelson. Uma garota problemática? Sim, pode se dizer isso.

A mulher de esvoaçantes cabelos loiros, feições bem definidas, misteriosos olhos azuis e personalidade complicada poderia selecionar cada pequeno miligrama de sua vida para provar seu ponto. Mas as coisas realmente desandaram hoje.

De todos os cenários possíveis, Lilian não esperava terminar a noite delirando em uma cama, basicamente em uma conversa tranquila com a morte, enquanto Hayley segurava Hope com lágrimas nos olhos e Alaska abraçava a todos como uma criança que havia perdido seus brinquedos favoritos e se obrigasse a permanecer forte.

Para boa compreensão, meu caro leitor, é sugerível que voltemos algumas horas no tempo...

Dia do julgamento. 16 horas antes.

— Perdoe-me ... eu o matei ... eu matei Marcellus, Lilian.

Foram as palavras de Elijah quando ele chegou em casa, nada além de tortura e dor crivadas em todo o seu corpo.

O suspiro que escapou dos lábios secos de Lírio foi lento, como se seu cérebro precisasse desse tempo para processar o que havia acontecido. 

Quando Lilian e Hayley voltaram para casa, o que já era tarde, Freya as informou do que estava acontecendo. Elas deixaram seu porto seguro apenas para voltar para casa com um fardo a carregar. Lilian estava muito preocupada com ... coisas, que ela não checou seu telefone que ela deixou em seu carro. Claro, elas não esperavam más notícias, já que sobreviveram a um furacão com Lucien Castel.

Ombros caindo, Lilian se abaixou para pegar seu irmão e se estatelou no canto do assento da janela. Seus olhos percorreram rapidamente a rua e uma sensação de afundamento os fizeram voltar para casa quando percebeu que parecia vazio. Muito vazio.

Havia um leve frio no ar, uma brisa suave que soprou em torno dela e tentou chamá-la para fora - fazendo com que as quatro paredes do complexo parecessem um pouco construtivas. Mas as casas pareciam vazias por dentro, como o cenário abandonado de um filme de terror. Era óbvio que as pessoas estavam em um leve choque por causa da morte recente.

— Você fez o que tinha que fazer para proteger nossa família. Não é sua culpa. — Lilian assegurou. Os dois estavam no chão quando os joelhos de Elijah desistiram dele. 

— Ninguém te culpa, Elijah. — Alaska confortou o homem de terno, segurando seu ombro.

Dia do julgamento. 6 horas antes.

Os passos de Lilian ressoaram através da residência Mikaelson quando ela fez seu caminho até a escada de madeira e entrou na cozinha aberta. Um vazio existencial pairava sobre ela como uma nuvem negra; rolando e correndo em sua cabeça como uma massa gigante de obscuridade.