{WangxianFic} Alerta coelho ۪֗❁

⸙ATÉ LOGO: PÉTALAS DA PRIMAVERA⸙

第八章

Borboletas marrons batiam suas asas graciosamente em cima dos crisântemos[1] brancos de miolo amarelo que enfeitavam o lado direito da escada de madeira, ao longo do formato caracol. Na lateral esquerda um espaço maior foi reservado para um mini jardim que possuía uma árvore de pequeno porte rodeada por flores matizadas dos crisântemos e na zona vazia que ficará no pé da lateral fora preenchida pelas flores níveas.

Wei Ying contemplou a língua enrolada minúscula da borboleta, tocar o centro imaculado do crisântemos, enquanto as pontas das suas dobradiças encostam graciosamente uma na outra a maneira que o vento brincava de empurrá-las dali.

O coelhinho nos braços remexeu a fim de libertar-se e pegá-las para farejar, despertando olgos estrelados[2] Yiling laozu observou os pares gigantes da criatura impaciente.

Wei Ying: " Coelho não tente fazer travessuras, seja comportado ok? e não devore as borboletas enquanto estiver aqui se não Wen Qing...", uma bola de saliva desceu pela garganta movendo o pomo de adão bem marcado.

Wen Qing é uma pessoa de personalidade forte , mesmo a casa sendo do patriarca, quem mandava no recinto era mais ela do que ele. A médica era a única mulher desse mundo que conseguia dar medo no Wei ou fazê-lo obedecer sem precisar gastar saliva duas vezes.

Se por acaso ela estivesse de mal humor não importa o quanto bajulasse , seu temperamento continuava inalterável, frio como gelo e afiado como a espada de um guerreiro mortal cheio de sede de sangue.

Demoníaco e assustador...

Uma vez, Wei Ying teve que ir à feira a pedido da médica que precisava de uns temperos novos, assim obedientemente foi e comprou um punhado de cada item listado em um papel amarelado amassado com letras garranchadas.

Com os temperos em mãos, o patriarca não teve afogadilho, assobiando tranquilo aproveitou a chance para bisbilhotar os produtos oferecidos nas barracas, a fim de descobrir alguma novidade.

As vozes dos comerciantes apregoavam como um trovão, diferentes personalidades tentavam chamar a atenção das suas maneiras. Dependendo do tipo da barraca você poderia saber quem era o comerciante rico e qual era o pobre, até mesmo a maneira de seduzir os clientes era oposta.

Wei Ying passou a vista....

Uma senhora rechonchuda vendia doces afrodisíacos, uma jovem vangloriava seus perfumes baratos, um velho tentava vender roupas de marcas falsificadas, joias eram compradas por amantes, um aglomerado de senhoras rodeava a banca de bebidas alcoólicas, carnes rosadas expostas foram cortadas a sangue frio ao vivo, animais vivos que se debatiam em pratos e gaiolas eram apontados por compradores que babavam pela carne fresca, ervas medicinais foram moídas por duas adolescente para uma criança que viera receber o produto no lugar de sua mãe que conversava com fulano atrás de si.

Apenas uma barraca de comida estava aposta, em um beco baldio, o homem careca com um chapéu torto, vendia bolinhos e macarrão limpava o salão[3] e mordiscava as unhas sujas com algo negro encrostado.

Yiling laozu tremeu apertando os olhos em ojeriza...

Notando que não tinha nada de novo, Wei Ying bateu duas vezes com a polpa no dedo na ponta do nariz, decepcionado. O astro do dia abrasador chicoteava a carne dos vivos cozinhando naturalmente a pele, o bafo quente do dragão liquefez os rostos e um bufar sincero furioso e abatido transpassou os ouvidos, chamando a atenção do patriarca.

De trás de uma barraca colorida cheias de bandeiras douradas um velho fazendeiros ajoelhava no chão pedregoso, esfregando as duas palmas implorava entre lágrimas para que alguém levasse o burro na qual estava ao lado dele quase revirando os olhos. O velho não exigia nenhuma quantia, apenas que adotassem aquele burro que de vez ou outra enfiava sua cabeça dentro das sacolas de verduras das madames, roubando algo para comer. Revoltadas, elas reclamavam dando dois tapas no rosto do animal que mordia suas macias mãos em vingança.