{WangxianFic} Alerta coelho ۪֗❁

⸙RECÉM CHEGADOS PERDIDOS⸙

第六章

As rodas circulares esbarravam no beiral da alameda florestal, arrancando algumas ervas daninhas enquanto tentava desviar meticulosamente do campo minado de buracos na estrada.

O para-brisa refletia o estado do céu, desenhando as nuvens no papel envidraçado que de vez ou outra era salteado com folhas que caíram dos galhos dos pinheiros, logo sendo expulsas pelo chacoalhar violento do veículo.

Concentrado no trajeto, o motorista sentia-se sentado em cima das costas de um touro maluco, balançando intensamente para lá e para cá ganhará alguns hematomas. Mas mantendo a paciente, determinado a ir até o fim, segurando as rédeas daquele boi, firme e maino combateu com sucesso seus inimigos sem corpo.

Os dedos alongados cheios de anéis folheados a prata, batiam no tempo da melodia pop que saia do alto-falante do rádio, apesar do caminho complicado, a paisagem era aprazente.

Aumentando a velocidade, borrões de árvores esbarravam nas orelhas espelhadas, dizendo "adeus" curvaram suas postas, Virando a esquerda, seguindo em frente, o piloto direcionou-se para a última cidade na qual precisava passar.

Nos dois lados da pista flores se estendiam como um tapete de arco-íris espalhando sua fragrância no ar, borboletas beijaram um bocado de pólen, pássaros voaram alto dando boas-vindas, tratores rugiam cavando a terra para vomitar botões que mais tarde se tornaram tulipas.

Naquele momento o piloto se surpreendeu reconhecendo aquele local que só ouvira falar, o nome daquela cidade era "cidade das flores". O pedaço foi adquirido por uma empresa de arranjos florais, não existia população ali, apenas trabalhadores, máquinas e sementes.

Assim que a estrada mudou de terrosa para asfaltada, o que dirigia entendeu que chegara ao final da cidade das flores, contudo não precisava ter necessariamente esse conhecimento para notar, pois logo a frente um arco de pedra tinha uma placa esverdeada reluzente pregada, seus caracteres diziam: "Seja bem-vindo a Yiling"

Os lábios formaram um meio sorriso, verificando através do retrovisor checou que não haviam pessoas atrás, dessa forma parou o veículo frente ao arco de material flexível e espreguiçou as articulações. Suas pernas pesavam, viraram chumbos e como se soubessem que estavam próximas do descanso, gritaram excitadas em uma dor aguda em forma de cãibra. Com o punho fechado, bateu em toda extensão das pernas, massageando grunhindo de dor, após minutos de massagem os músculos relaxaram.

A viagem foi longa, dirigido por cinco dias não havia como fugir da exaustão rodeando seu corpo, claro que paradas foram feitas e a figura dormirá em alguns hotéis pela estrada, porém, quando a madrugadas surgia, ele levantada, partindo com os faróis acessos igualmente aos seus olhos fluorescentes, sem desfrutar de um descanso completo.

Apesar de ímprobo, viajar sobre quatro rodas, distanciado cada vez mais da cidade, abraçando o trajeto solitário do interior, depois de enfrentar profundos anos sufocantes ao redor de muitas pessoas que queriam a todo custo arrancar um pedaço da sua alma e consumir.

É aliviante..

Sem preocupações, o viajante virou a cabeça, levantando os cílios observou o banco traseiro, uma caixa de transporte azul guardava uma pérola gorducha dormindo tranquilamente, soltando roncos finos.

Passando a mão pálida na testa, a figura limpou as gotículas de suor feitas pela bola de fogo escaldante. Sua expressão relaxou admirando o ser adormecido, um sorriso gengival tomou forma, porém não querendo atrapalha-lo, deu partida no carro atravessando a boca empedrada.

O percurso gozava de uma boa vista, no lado esquerdo, um abismo rochoso sem fim decorado por uma vegetação dispunha nos pés emergindo o mar azulado, as águas batiam na rocha, criando barulhos característicos.