Uma história de poder e traição

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Existem coisas impossíveis de serem explicadas. A forma como Luz está á procura da verdades por exemplo, é uma delas.

Luz sentia que o céu conspirava contra ela, e a cada momento sozinha era motivo de lágrimas. Pegou o telefone mais de dez vezes e discou o número de Eduardo, mas sua coragem não era tão grande assim, a ponto de fazê-la chamar por ele.

Luz ia perder Eduardo para sempre, e foi ela mesma quem os condicionou a isso. Era tão simples descobrir a verdade, no entanto, somente Luz não enxergava isso.

O telefone dela toca.

- Oi!

- Preciso falar com você, hoje.

Era Fábio. A voz dele estava estranha, e parcialmente atônita, Luz sentiu isso quando ouviu ele dizer.

- Posso ir na sua casa?

- Não estou mais no apartamento.

Responde ela cansada.

- Onde cê tá?

- Na casa de papai. Se quiser pode vir.

- Tá bem! Passo aí depois das 18:00.

- Tá...

- Beleza.

Ele desliga.

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- Não podemos deixar que descriminem esse marginal.

Diz Maicon para Eduardo.

- Luz tem arquivos que comprovam a fraude, mas para ela, Rouína é inocente.

Diz.

Eduardo levanta de onde está sentado, precisava fazer alguma coisa, não ia ficar parado esperando as coisas acontecerem. Tinha que ajudar Luz, e precisava fazer isso logo, se quisesse ser feliz e livre com a mulher da sua vida. Eduardo passou muito tempo afastado, sem poder se aproximar dela, e não ia deixar isso acontecer novamente.

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- Ela é a mulher mais pura e sincera que já vi.

Diz Cláudio. Mas Carlos não concorda.

- Você não a conhece. Ela quer acabar com a moral de Rouína, quer difama-la para deixar Rouína mal vista pela sociedade. Isso é um crime que me perturba muito.

- Não diga asneiras seu paspalhão indecente.

Responde Cláudio para o irmão mais novo.

- Ela está envolvida em corrupção, irmão. Ela e aquele namorado dela, o tal de Fábio. Rouína me contou a história.

Cláudio fica com raiva do irmão, tolo e cego. Carlos não via Luz da forma como Cláudio a conhecia.

- Não vá se envolver nessa briga, Carlos.

- Eu amo Rouína, e vou até ao inferno por ela.

Carlos encara o irmão de frente.

- Mas não prejudique a Luz, senão eu mesmo vou defende-la diante da lei.

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- Eu não posso fazer nada por ela, até porque Luz já é maior de idade e sabe muito bem o que faz.

- Mas... e se aquela cobra fizer alguma coisa contra ela?

Suzi abaixa a cabeça com dúvida e revolta.

- Sol, a gente não pode obrigar um cego a enxergar. Infelizmente, Luz está cega, ela acha que Rouína é inocente.

Solange fala com lágrimas nos olhos: