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Sexta feira, 16:00.

A reunião começa e Phellipo senta diante de sua cadeira principal. Do seu lado estava Kett. Do outro lado, Rô. Os outros estavam sentados e alguns em pé.

Rouína puxa de uma pasta papéis e documentos. Fábio prepara alguma coisa no tablet.

A reunião termina e todos se retiram.
Rouína permanece na sala com Phellipo, Ketellin e Fábio.

- Papai. Tem algo que precisamos falar, antes que seja tarde.

- Do que está falando, querida?

Ketellin já sabe o que é, pela cara dela, é mais uma armação contra Luz.

- Fábio, nos dê licença.

Diz Phellipo mas Fábio permanece na sala.

- Não, papai. Fábio foi quem abriu meus olhos a tempo.

- Abriu seus olhos? Mas do que estão falando? Desimbucha.

Ketellin fica sentada em seu canto, esperando a bomba explodir. Rouína sempre conseguia o que queria, e se Ketellin se envolvesse sobraria para ela.

- Veja, veja você mesmo.

Rouína pega o tablet de Fábio e da na mão do pai.

- Que droga é essa, Rouína? Por quê você possui uma conta fantasma? Pra quê?

Phellipo se levanta transtornado.

- Não é minha. Estamos a beira da falência.

- De quem é então? Rouína? Fábio? Falem por favor.

Fábio abaixa a cabeça, chorando.

- Me perdoe, seu Avelar, o senhor estava certo.

Phellipo não faz ideia do que o homem está falando.

- Luz me usou para pegar arquivos financeiros e desviar fundos para essa conta. Eu descobri que ela movimenta a conta do seu computador.

Phellipo sente uma pontada no peito que lhe tira o ar e cai desmaiado no chão.

Ketellin tenta reanima-lo.

- Pai. Meu Deus, papai!

Rouína chama para o corpo no chão.

- Alguém me ajuda, por favor. Chama a ambulância. Rápido, Fábio.

Fábio ri. E sai em busca de socorro. Phellipo é levado às pressas para o hospital e lá mesmo fica.

No hospital Rouína e Ketellin aguardam informações sobre a situação de Phellipo. Rouína se sente muito mal, mas não estava arrependida. Ia até o fim para tirar Luz de seu caminho. Mesmo que tivesse que matar o pai dela do coração.

Ketellin chora nos corredores.
Rouína chega por trás. Ketellin se levanta e empurra a mão de Rouína.

- Isso é culpa sua.

- Minha? Não. Isso é culpa daquela mosca morta, por se meter no meu caminho.

Elas discutiam baixinho.

- Você não tem jeito mesmo.

- Você vai ficar do lado dela agora?

- Não se trata de escolher um lado, meu anjo, se trata de escolher o que é certo.

- E eu estou errada?

- Totalmente. A sua maldade não tem limites.

Rouína dá uma risada demoníaca na cara de Ketellin.

Uma história de poder e traiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora