Uma campainha soou quando Finn entrou na pequena loja, olhos curiosos flutuando entre as paredes. O alfaiate Shelbys havia se aposentado, Polly presumiu que era devido ao dinheiro que ele perdeu fazendo negócios com eles, e eles foram forçados a encontrar um novo. Uma nova loja havia sido aberta apenas algumas semanas antes e Tommy presumiu que seria a melhor escolha. Ele não queria ter que fazer uma viagem ao centro da cidade para conseguir um terno e Finn não o culpava. O novo navio estava cheio de cores com tecidos de todas as marcas enfiados em um canto, chapéus, cintos, luvas e outros acessórios pendurados na parede. Guarnições douradas cobriam as paredes, emoldurando o papel de parede verde esmeralda que cobria as quatro paredes. O menino nunca tinha visto um lugar tão requintado em Small Heath antes.
"Posso ajudar?" uma jovem perguntou a Finn, erguendo os olhos do livro-razão que ela estava escrevendo no balcão. De todas as bugigangas que foram colocadas para o lado, não era difícil dizer que também era usado como uma escrivaninha.
Ele acenou com a cabeça, limpando a garganta enquanto se aproximava. "Estou aqui para comprar um terno para meu irmão."
Abaixando sua caneta, a mulher acenou com a cabeça. “Sob qual nome.” Ela tinha muitos pedidos de terno nas últimas semanas, algo sobre uma corrida de cavalos. Por que as pessoas tinham que se vestir bem para cuidar dos cavalos estava além dela, mas pelo menos gerava negócios.
"Shelby."
"Shelby", ela murmurou, caminhando até a grande fileira de prateleiras onde todas as roupas prontas esperavam para serem recolhidas. Examinando os itens, ela passou os dedos pelos ternos e estalou a língua quando uma etiqueta finalmente dizia “Shelby”. Puxando o tecido cinza, ela correu um dedo sobre o tecido macio. Era um terno adorável, que ela gostaria que pudesse ser exibido na janela. “Eu acredito que é este,” ela anunciou, colocando-o no balcão.
Finn correu os olhos ao longo do tecido, ele não tinha certeza de que terno Tommy tinha pedido, mas parecia que seu irmão usaria. Embora ele não fosse o tipo mais colorido, Tommy não acreditava que preto combinava com ele. "Sim, acho que sim." Ele estendeu a mão para o terno apenas para ser interrompido.
“Isso vai custar duas libras”, ela sorriu, batendo os cílios, as crianças muitas vezes esqueciam essa parte das compras.
Finn empalideceu com suas palavras. Tommy deveria cuidar dessa parte, ele sempre cuidava. "Duas libras? Mas não pagamos por nossos ternos ... ”
A mulher levantou uma sobrancelha, ela nunca tinha ouvido essa desculpa antes e ela tinha ouvido muitas. Uma vez, um homem tentou dizer a ela que um sapo engoliu as últimas moedas que tinha. Ele não gostou muito quando ela lhe disse para trazer o sapo para que ela pudesse recuperar as moedas. “Não foi pago quando foi encomendado e nada é gratuito na minha loja.”
“Mas meus irmãos não pagam por seus ternos,” Finn resmungou. Ele pode ter sido jovem, mas ele poderia dizer que essa mulher não era de se mexer. Ela estava toda sorrisos agora, mas o lembrava muito da tia Polly. E sua tia era toda sorrisos e carinho até que você cruzou a linha. Mas ele também sabia que Tommy teria um ataque se não recebesse o terno. E o pobre menino não tinha certeza de quem ele tinha mais medo.
"E por que isto?" ela perguntou, com as mãos nos quadris. Ela nunca tinha ouvido falar de nada tão ridículo, todo mundo tinha que pagar. A guerra já havia acabado há muito tempo, as pessoas não precisavam negociar mercadorias ou roubá-las de uma vez. Ninguém, exceto os ricos, se safou com isso, nem ninguém poderia pagar. Ela tinha contas e funcionários para pagar, não havia como se safar dando nem mesmo um terno.
Ele ficou em silêncio por um momento antes de dizer: "Eles são os líderes dos Peaky Blinders". Sua voz era quase um sussurro, evidência de que ele estava um pouco envergonhado do título de seus irmãos. Quer ele achasse que a explicação ajudaria ou não, ele percebeu que era inútil quando a mulher esboçou um sorriso dolorido. Ele não voltaria para a Garrison com um terno.
