Segundo

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Notas do Autor

Olá!

Era para ser uma história de capítulo único e TALVEZ eu voltasse com um extra mais fofinho, porém como não tenho autocontrole acabei fazendo uma continuação direta hahaha dessa vez tentei focar mais no ponto de vista do Chifuyu.

Importante: considerem que essa fanfic é um universo alternativo do futuro em que Chifuyu tem um pet shop, mas sem os dramas do menino Mikey (te amo Mikey, mas para de fazer besteira!). Então quem morreu no passado continua morto etc, porém Mikey está se comportando e Takemichi e Hina finalmente se casaram!

Eu revisei, mas sou distraída (e tenho TDAH, então já viu...), caso encontrem erros me avisem, por favor!

Espero ver vocês nas notas finais.


Kazutora tinha o hábito de acordar cedo, mas demorava a sair da cama. Durante 10 anos, precisou lidar com uma rotina rígida, onde todos os horários eram controlados. Poder se dar ao luxo de curtir a preguiça matinal por alguns minutos era um dos melhores privilégios da liberdade. Isso, o calor do gato preto em seus braços e a respiração quente de Chifuyu em sua nuca. Riu para si, não importava em que posições fossem dormir, sempre acordavam embolados um no outro.

Há alguns meses se queixou de dor nas costas. Estava apenas jogando conversa fora durante o expediente, definitivamente não esperava que Chifuyu propusesse que partilhassem a única cama de casal da casa. Dividiam o mesmo apartamento pequeno há três anos. A localização era ótima, ficava muito próximo do pet shop, e era bastante aconchegante. Atendia bem às necessidades de ambos, o único problema é que havia apenas um quarto. Conversaram algumas vezes sobre a necessidade de procurarem um lugar maior — e Kazutora sobre a possibilidade de se mudar sozinho, contudo o outro homem sempre desconversava quando tocava nesse assunto — entretanto acabaram adiando os planos, já que o pet shop estava só começando a crescer. Era cômodo para ambos que permanecessem morando no mesmo lugar, juntos, afinal o aluguel era relativamente barato e economizavam ainda mais por dividirem as despesas.

— Você está me chamando para dormir com você, Chifuyu? — lembra de ter provocado, abusando da intimidade que se moldava cada vez mais sólida depois de tantos dias passados juntos.

— Vai pro inferno, é só uma cama — ele fez pouco caso, mas estava com as bochechas rosadas. — Ela é grande, cabe você e o Kei-chan — se justificou, arrancando um sorriso da companhia ao mencionar o gato preto que vivia com eles há alguns meses.

E foi assim que Kazutora, Chifuyu e o gato que adotaram passaram a dormir juntos.

Foi resgatado das lembranças ao ouvir o som estridente do despertador e resmungos mal humorados. Achou graça da reação habitual, desligou o alarme alto antes que o mais novo despertasse completamente e, mesmo com o coração partido de ter que desfazer o abraço com o felino carente, se levantou para dar início a rotina de sempre: primeiro alimentava Kei e limpava as caixas de areia, depois tomava um banho rápido e se arrumava, gastando alguns minutos para pentear e prender os cabelos compridos, só então acordava um Chifuyu ainda reclamão. Evitava tomar café preto, afinal a bebida o deixava bastante agitado, apesar disso a preparava para a companhia que só despertava de fato ao consumir cafeína. Costumava fumar ao terminar as tarefas, todavia havia interrompido o hábito há alguns dias.

E assim seguiam todas as manhãs, como era mais funcional durante as primeiras horas do dia costumava cuidar sozinho desses afazeres, Chifuyu retribuía após esse período, quando enfim conseguia parar de coçar os olhos e reclamar que estava com sono. Já estavam habituados com os horários e manias um do outro e conseguiam equilibrar bem as tarefas tanto durante quanto fora do expediente.

— Takemitchy! Hina-chan, vocês vieram mesmo! — Mais tarde, no mesmo dia, Chifuyu anunciou a chegada dos amigos.

Kazutora interrompeu a organização das rações nas prateleiras para cumprimentar o casal. Era costumeiro que eles visitassem, porém na última vez que se viram haviam prometido que iriam ao pet shop em breve para levar um dos bichinhos para casa.

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