Poesias para mim

A conversão da dor.

Transformar o sofrimento em arte, motivação, inspiração. Como um escritor consegue fazer isso fora de seus textos? Existe algum tipo de habilidade que você destrava no seu subconsciente que lhe permite tratar emoções como simples matéria prima?

A frieza necessária para dividir a consciência entre o seu eu que sente e o que pensa, se ver também em terceira pessoa, seria isso o necessário para chegar lá? Como se praticar algo que é tão subjetivo, tão volátil? O escritor por acaso já faz isso e não sabe?

Quem se expressa regularmente provavelmente tem mais facilidade para lidar com sentimentos. Mas existe uma diferença entre simplesmente jogar o lixo fora e reciclar o mesmo.

Falar sobre coisas boas; como o dia é lindo, como o sol é admirável e como alguma coisinha maravilhosa é maravilhosa. Isso é fácil, é natural, espontâneo. Mas, como se ter inteligência emocional para dividir um fato entre o coração e o cérebro ainda é uma incógnita.

Gostaria de saber mais sobre isso tudo. Em um momento onde me encontro em uma sala cheia de portas que levam para vários lugares, adoraria poder confiar mais em meus julgamentos. O problema de pensar demais é que os instintos ficam de lado e você pode se acovardar, e pensar demais nem sempre é o mais inteligente a se fazer.

Não existe nada mais corajoso do que enfrentar medos e dores de frente e transformar em algo de valor eterno e único. Uma ação, uma palavra, em apenas um momento, sem hesitar. Se isso é algo que possa ser adquirido e refinado então acredito que poetas sejam grandes mestres desse conhecimento vago.