Madrugada fria

Seria eu a lua?

Entre minhas 900 capturas de tela é possível ver você:

“Cara eu vou me casar com você, é sério kkkkk”

Onde você está agora? Ainda se lembra do meu nome? Se lembra de quem fui?

“Eu me apaixonei por você [...]”

Não houve reciprocidade... Eu não podia te deixar presa na minha confusão, pois sei que serei eterna indecisão.

“ 'Tá' apaixonada hein, gata? ”
“ 'Num fode', amor.”

Será que existe uma mínima chance de isso ter sido real? Talvez teria sido uma ilusão, coisa passageira... ou realmente foi isso?

Você como sol me pediu em casamento, e eu sendo lua, disse “Não sei, não sei, não sei, me dá um tempo”. Se eu dissesse não, te machucaria, se dissesse sim, você criaria expectativas.

Mas “Seu brilho vai muito mais além, um dia você vai encontrar alguém, que com certeza, vai te amar também”. E encontrou, não foi?

Me fez acreditar que eu, na verdade era chão. Onde ninguém olha muito, ninguém presta atenção. E sendo assim, ainda posso observar o céu, e ver todos ali.

Mas... apesar de que o sol é o maior astro, ainda existem outras estrelas, nas quais podemos observar melhor, elas não nos machuca, e são simplesmente lindas!

O sol e a lua praticamente nunca estão juntas. Nas pinturas e fotografias, a lua sempre está ao lado das outras estrelas.

Então...

Será que não sou chão? Poderia eu ainda ser lua e iluminar as madrugadas quentes e frias ao lado das outras estrelas?

O sol achou alguém, e acho que eu, se sou mesmo lua, encontrei a minha estrela também.