Capítulo seis - Emma Reid

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Oie meus queridos leitores! 

Um sugestão: Quando começar o flashback, ouçam Never be alone...

Sem mais delongas, boa leitura!


Eu estava me sentindo tão vulnerável agora, tão fraca

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Eu estava me sentindo tão vulnerável agora, tão fraca. Em dois anos, a única pessoa que conversei como eu me sentia foi meu pai, que independente do que aconteça está ali comigo.

Desabafar com o Cláudio foi mais fácil do que imaginei, com ele sei que posso ser eu mesma, sem pressões nem expectativas, só eu mesma.

Deixo tudo que estou guardando há tanto tempo sair e sem perceber estou soluçando. Ele me abraça mais forte e escondo meu rosto no seu peito, e ele passa as mãos no meu cabelo e não diz nada, apenas fica ali.

Eu sabia que aceitar, de verdade, que o Vitor morreu não ia ser fácil, mas não pensei que fosse ser tão difícil. Meu coração está tão apertado, todas as feridas que tentara cicatrizar, todos esses sentimentos que escondi estão expostos e me sinto sem chão.

Estar nos braços dele me faz eu me sentir segura, minha vontade e de nunca mais sair dali. Será que ele sente o mesmo?

Fico com a cabeça apoiada em seu peito, com um dos braços ele me abraça e com a outra mão faz desenhos aleatórios no meu joelho. Assim que consigo recuperar o folego, volto a dizer:

— Quando cheguei ao hospital, ele tava em cirurgia, fiquei oito horas esperando ele sair da sala de operação, oito horas. Quando ele saiu, entro em coma e ele estava se recuperando bem, mas parecia que as horas não passavam. Eu não tinha fome, sono, frio, nada. Absolutamente nada.

— Um dia depois que ele entrou em coma, ele saiu. Os médicos acharam um milagre, porque apesar dele estar se recuperando, eles esperavam mais alguns dias até ele acordar. Eu senti um alívio tão grande ver ele acordado e falando — meus olhos começam a marejar novamente — eu senti esperança.

Estava completamente perdida nas lembranças, Cláudio fica em completo silencio me deixando falar

— Ele não conseguia falar muito, estava muito machucado, mas ele quase me implorou para ficar tagarelando — sorrio triste e limpo a lágrima que caiu — Algumas horas depois de ter acordado, ele teve uma recaída drástica e aquela voizinha incomoda na minha cabeça voltou. Aquela sensação de vazio e tristeza voltou.

— Eu não saí do lado dele em nenhum momento, meu corpo estava pesado demais para levantar. Eu sabia que ele não ia resistir, mas eu ainda tinha uma chama de esperança bem escondida querendo que ele resistisse que lutasse contra a morte. Eu não consigo me esquecer do que ele disse.

Flashback

Eu achava que não conseguia mais chorar, mas vê-lo morrendo aos poucos na minha frente estava me destruindo. A mãe dele está do outro lado do quarto, chorando em silêncio.

Antes de dizer adeus - Conto umOnde histórias criam vida. Descubra agora