Capítulo oito - Emma Reid

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Agora são quase cinco da tarde e meu estomago está nas costas

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Agora são quase cinco da tarde e meu estomago está nas costas. Acho que nunca passei tanto tempo sem beliscar nada.

O barco já foi guardado no lugar e apesar do horário, a marina está bem movimentada.

— Cuidado! — ele para bruscamente na minha frente e automaticamente fico atrás dele, me protegendo. Algumas pessoas que estavam perto se assustam e ficam procurando o perigo.

— O que foi? — pergunto com o coração na boca

— Acho que ouvi uma onça  — olho em volta e as pessoas continuam procurando — a não, espera — ele faz uma pausa dramática — é só o seu estomago roncando.

Não aguento e acabo rindo. As reações foram variadas, alguns olhares de ódio e outros de indiferença.

— Você não tem limites, né?  — meus batimentos cardíaco, aos poucos, voltavam ao ritmo normal.

— Hum, acho que não. Onde você quer almoçar? — ele me pergunta

— Não conheço um lugarzinho bom aqui por perto 

— Eu conheço. É um pouco distante, mas vale a pena. Depois é só pegar o retorno e voltamos para São Paulo.

— Quer avisar seu avô?

— Vamos só dar um tchau, agora ele deve estar atendendo alguém. 

Concordo e começamos a andar procurando ele, depois de uns dez minutos sem resultados ele diz:

— Dividir e conquistar, você vai por ali e eu vou por aqui, quem achar ele primeiro avisa outro

— Quem receber a mensagem faz o quê? — pergunto animada

— Isso não é uma competição! — ele pestaneja

— Mas pode ser, quem receber a mensagem paga a conta — proponho

— Quem receber a mensagem escolhe o próximo lugar que iremos — ele faz uma contraproposta e paro abruptamente — o que foi?

— Próximo lugar? — repito. O que ele quer dizer com isso?  Somos apenas amigos, sem nada romântico envolvido. Certo? Certo.

— Sim, — ele parece perceber a minha feição e completa — se você quiser, claro. Uma viagem entre amigos

— Um dia de cada vez. - digo um pouco insegura.

— Um dia de cada vez — ele repete e da um micro sorriso. Por alguns segundo vi decepção nos olhos dele.

— Acho melhor irmos logo antes que eu devore você aqui mesmo. — mudo de assunto quebrando o gelo

Ele nem responde e sai correndo, vou na direção oposta procurar seu Carlos. Eu não faço ideia de onde ele possa estar, e com tantas pessoas aqui, duvido que eu o encontre.

Antes de dizer adeus - Conto umOnde histórias criam vida. Descubra agora