Prólogo

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Bem-vindos a mais uma história! 

Essa vai ser um romance pra deixar vocês soft, talvez com uma ou outra lágrima? Talvez. 

Boa leitura! 


| Katsuki |


Aquele deveria ser só mais um verão. Um verão como dos filmes: cheio de festas, passeios de carros, futebol na praia e tardes repletas de risadas com amigos.

Era um plano simples, nada demais. Não é como se eu estivesse pedindo muito.

Mas as festas se transformaram em treinos, os passeios de carro em corridas até a emergência, futebol na praia virou uma caminhada leve e as tardes repletas de risadas com amigos... Bem, elas continuaram lá. Mas não com os amigos que eu esperava.

Naquele verão eu conheci alguém que virou minha vida do avesso, mas me mostrou como é bom ser amado profundamente.

Minha avó ergueu uma sobrancelha para a minha cara de profundo espanto. Meu avô deu uma olhada no nosso diálogo silencioso. Ele balançou a cabeça:

-Não dá para você ir, Kat - meu avô repetiu a sentença da minha avó. - O acampamento já encerrou as vagas.

-Isso nem pode ser verdade - retruquei depressa, colocando um dos pratos de volta na pia e correndo para circular a mesa até estar de frente para o meu avô. - Fala sério, eles abriram as inscrições há uma semana!

-Eu sei, garoto - minha avó disse depressa. - Mas encerraram mais rápido. Esses acampamentos de verão ficaram populares.

Balancei a cabeça e peguei os pratos da mesa enquanto meu avô voltava a se concentrar em seu celular, ocupado demais com os malditos memes que eu o ensinei sobre.

-E o que é que eu vou fazer o verão inteiro?

-Eu sei lá, Kat - meu avô resmungou. - São férias de verão, certo? Por que você não descansa?

Minha avó concordou com a cabeça e começou a descascar uma laranja devagar, os olhos escuros fixos na casca enrolada.

-Nonna - eu tentei de novo, falando aquele apelido bonitinho dela. -Por favor! Eu vou ser o único da turma toda a não ir ao acampamento.

-Você pode viajar para ver seus pais, filho - ela respondeu. - Eles estavam falando de vir até aqui em umas sem-

-Não vou viajar para lugar nenhum que não seja aquele acampamento - retruquei.

Meu avô deixou um muxoxo escapar:

-Então não vai viajar para lugar nenhum mesmo - declarou. - Já que você quer tanto fazer alguma coisa, vou te matricular num curso de verão.

-Até parece - eu resmunguei em desafio e me virei de volta para a pia. 



Se tem algo que eu aprendi após essa breve conversa é: se algo tem chance de piorar, vai piorar. Vai piorar muito.

Minha avó e eu estávamos sentados na sala, alguns dias depois. Ela estava assistindo sua novela favorita e eu estava tentando prestar atenção no livro que lia, sendo totalmente interrompido pela atuação meia boca daqueles atores.

-Pessoal! - meu avô chamou da porta enquanto entrava. Eu me ergui um pouco para olhar por cima das almofadas do sofá e dei de cara com meu avô trazendo um monte de papéis nas mãos.

DEEP LOVE | BAKUDEKU/ KATSUDEKUOnde histórias criam vida. Descubra agora