Como a noite muda

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| Izuku |

Lembranças de meses antes


-Respire fundo, devagar - Shoto sussurrou contra meu ouvido, fazendo-me rir baixinho.

Ele voltou a se concentrar em beijar meu pescoço e meus ombros, terminando de desabotoar minha blusa e escorregá-la pelos meus ombros. A respiração dele, quente e profunda, era como um guia para mim.

Enquanto Shoto se deitava por cima de mim na cama de casal e pressionava o próprio corpo contra o meu, minhas mãos encontraram suas costas e adentraram a camisa escura que ele usava.

Shoto suspirou.

-Suas mãos estão tão geladas - ele disse. - Quer que eu tire isso?

Concordei com a cabeça e o assisti tirar a própria camisa. Em seguida, Shoto segurou uma das minhas mãos e beijou a palma, seus lábios rosados sussurrando palavras carinhosas enquanto ele soprava as pontas dos meus dedos para esquentá-los.

Eu continuei respirando fundo, devagar, acompanhando os movimentos e beijos dele. Shoto continuou me embalando em um abraço carinhoso enquanto me despia devagar, sussurrando o quanto ele amava cada parte do meu corpo e como eu era tudo que ele mais desejava.

Enquanto eu me deixava mergulhar nas sensações que ele trazia com suas mãos, seus lábios e seus movimentos, os olhos claros de Shoto me encarando como se eu fosse algo sagrado era tudo que eu via.


| Katsuki |


-É só uma volta no parque, vô - prometi com um sorriso convencido. - Talvez eu vá correr.

-Hmm - ele resmungou, os olhos vidrados no celular. - E a natação?

-Minha aula é só as quatro - eu o lembrei. - Dá tempo. 

-Nonna, você está ouvindo? Kat está tentando se matar de exaustão - ele disse, cheio de ironia. Revirei os olhos e voltei minha atenção para a maçã que eu estava lavando.

Minha avó abriu a porta que levava até a varanda e colocou a cabeça para dentro da cozinha:

-Que história é essa, Kazinho?

Balancei a cabeça:

-Não é nada, vó. Eu vou só dar uma volta no parque e jogar futebol com os meninos. Depois vou para a natação. 

-E não vai ficar cansado? Está levando lanche? - ela perguntou preocupada, deixando a mangueira que estava carregando pendurada na maçaneta da porta e virando para procurar algo nos bolsos. - Quer dinheiro?

-Não precisa! - eu disse depressa e balancei as mãos. - Eu já comi. E estou levando lanche na mochila, olha. 

Minha avó se aproximou para ver minha mochila e deu uma olhada nos meus sanduíches embalados. Ela concordou com a cabeça, mas mesmo assim tirou uma ou duas notas do bolso da bermudinha e enfiou no meu bolso da calça.

Rindo, beijei o cabelo dela e me aproximei do meu avô. Ele tirou os olhos do celular e me deu um abraço desajeitado, antes de voltar a atenção para o que estava fazendo.

Eu dei uma espiada na tela do celular dele.

-Com quem você está falando? 

-Com o Izuku! - meu avó disse com um sorriso. 

DEEP LOVE | BAKUDEKU/ KATSUDEKUOnde histórias criam vida. Descubra agora