Enfrentando a Tempestade

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N/A: hey, não sei se vocês costumam escutar as musicas que coloco na mídia dos capítulos mas espero que escutem essa e se possível leiam a tradução pois acho que ela tem e terá ainda mais a ver com nosso casal. Boa leitura! :)

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Cheryl

Me despedi de Veronica e saí por volta das oito da manhã e fui para a mansão Blossom, não chamo de casa pois creio que a definição de casa para mim não seja a mesma de muitas pessoas. E creio que não preciso explicar o porquê.

Cheguei às oito e quinze e vi meus pais e vovó Rose na mesa tomando café da manhã.

— Cheryl! — esbravejou mamãe ao me ver e se levantando vindo em minha direção e pegando bem forte no meu pulso me levando até uma cadeira vazia e me jogando lá com força, não caí por pouco. — Onde estava? — exigiu ela.

— Você sabe aonde eu estava. — respondi na mesma moeda.

— Não eu não sei não. — respondeu ela fazendo a egípcia. — Me diga aonde.

Num minuto de muita raiva me levantei e esbravejei tudo na cara dela.

— ESCUTA AQUI PARA DE SE FAZER DE IDIOTA PORQUE VOCÊ SABE MUITO BEM AONDE EU ESTAVA! — andei até ela fazendo com que ela me olhasse assustada. — Ou quer continuar se fazendo idiota? Mas devo dizer que o papel de idiota combina muito com você!

O silêncio era total, vovó e papai nos olhavam atentamente esperando um desfecho para isso.

— Vá para o seu quarto ou até para o inferno mas suma da minha frente e não apareça nem tão cedo porque só Deus sabe o que eu seria capaz de fazer caso isso aconteça. — disse ela praticamente rosnando baixinho.

— Com prazer! — respondi saindo o mais rápido que podia sem demonstrar medo dali.

Ao entrar no quarto e fechar a porta respirei fundo numa tentativa de me acalmar, tranquei a porta e me joguei na cama esperando me sentir acolhida mas isso não aconteceu.

A sensação de desespero e de receber um ataque a qualquer momento ainda estava aqui.

Eu sempre me sentira assim desde criança aqui e esperava que quando crescesse e conseguisse revidar a sensação passaria, e por um tempo passou mas depois voltou na mesma intensidade se não pior.

Me pergunto se Jason sentia o mesmo.

Acho que não, ele sempre foi o favorito, me lembro quando éramos pequenos e mamãe e papai o arrumavam e o levavam para passear e viajar por nossas propriedades, de como passeavam de mãos dadas com ele e lhe ensinavam sobre o negócio da família e como sempre estavam lá pra ele. Ele definitivamente era o filho favorito, o filho perfeito.

As vezes invejava isso nele pois eu fora praticamente criada por empregados e babás.

Mas o amava muito, ele foi o irmão perfeito que qualquer um gostaria de ter.

Me defendia de nossos pais, das enrascadas que eu me metia e principalmente: de mim mesma.

Acho que quando você não tem o amor dos pais, o "primeiro amor" que conhecemos, você se culpa e sente que há algo de errado com você e então começa a se perguntar o porquê e se odiar, pelo menos é o que aconteceu comigo.

E depois disso você é capaz de aceitar qualquer companhia para pelo menos tentar chegar perto da sensação de ser amado. Mesmo que a pessoa com quem você esteja arranque toda a sua dignidade ou acabe com você.

The Secret   (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora