Alerta de Tempestade

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"Uma coisa tão simples quanto o bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo!"

Jughead

Toda cidade tem algo que a deixa marcada.

Algum ponto turístico, alguma celebridade que a tornou conhecida, alguma comida típica, arte e mais uma infinidade de coisas que eu levaria o dia inteiro para listar.

Riverdale nunca tivera nada disso, era apenas uma cidadezinha onde você vinha no fim da vida para ter sossego, fugir, uma pequena mancha no mapa ou uma cidade na qual você pegara a saída errada e acidentalmente viera parar aqui.

Minha mãe costumava dizer que eu e minha irmã tal como ela e meu pai e a outra grande maioria desta cidade só estávamos aqui porque fomos azarados o suficiente para nascer aqui e uma vez (obviamente) nascido aqui não importa o quão longe vá, sempre volta.

E que há apenas dois fatos quando você vai embora ou prefere ficar: ou é louco demais para ir, ou é tolo demais para ficar.

Uma verdadeira faca de dois gumes.

Hoje finalmente Riverdale ganhara algo para ser seu marco. Mesmo que de um jeito macabro.

A notícia de que Jason Blossom havia sido baleado e não morrido afogado como todos pensávamos ou apenas fugido como Cheryl sempre tivera esperanças nos reuniu todos na beira do Rio Sweetwater.

Muitos pelo choque, eu, pelo meu livro e outros pela certeza de que um pesadelo finalmente havia acabado. Os Cooper.

Os únicos que de fato eram o interesse principal aqui não estavam.

Assim que cheguei no rio pude ver como de repente a noite quente de ontem se transformara num dia sombrio e frio.

Ainda era possível ver todos ali de pijamas e pantufas, em cidades pequenas uma notícias dessas não espera você se arrumar.

Cheryl

Eu estava com a pior dor de cabeça que já havia tido na vida. E com muita vontade de vomitar o que é estranho porque eu nunca cheguei a vomitar depois de uma bebedeira.

Mas estava estranha a dias então essa estranheza a mais ou alguma a menos tanto faz.

Olhei para o relógio acima da lareira e após isso o meu celular, haviam ali literalmente mais de quatrocentas ligações perdidas.

Ouvi a porta ser aberta com agressividade e quando dei por mim minha mãe já estava me pegando fortemente pelo braço. Me senti completamente desperta nesse momento.

— O que houve? Por que diabos está fazendo isso? — perguntei assustada.

— Sua inútil! Se tivesse olhado essa merda de celular já teria sabido da notícia. — esbravejou ela.

— Sabido o que? — perguntei começando a me desesperar.

— Jason! — falou ela.

Me levantei de uma vez e me soltei do aperto dela em meu braço.

— Ai meu Deus finalmente o encontraram! Vamos ir buscá-lo depois do interrogatório? — perguntei.

— NÃO SUA IMUNDA! — disse mamãe puxando meus cabelos me assustando. — ELE ESTÁ MORTO! VOCÊ O MATOU!

— Eu? Não! E você sabe muito bem que eu jamais faria isso! — rebati com a voz embargada.

— O matou sim, no dia em que o ajudou com aquela fuga irresponsável você o condenou. — disse ela com a voz calma e sombria. — Parabéns Cheryl você conseguiu! Agora tudo é seu, espero que consiga dormir com o fato de que foi você a assinar a sentença de morte de seu irmão.

The Secret   (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora