3. Gritos e mergulhos

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🦋 CALLIE

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🦋 CALLIE

Já faziam alguns dias desde minha discussão com JJ mas na minha cabeça mais pareciam meses. Eu sentia falta dele mas decidi ser firme em minhas convicções e deixá-lo continuar com que quer que estivesse fazendo. Eu esperava que ele caísse na real um dia, entendesse que seria bom amadurecer um pouco.

Hoje meu turno acabava as 13 horas e esse era o meu maior tormento. Um dia inteiro livre, com tempo o suficiente para oscilar entre pelo menos cinco humores diferentes. Desço as escadas do Malone's um tanto cabisbaixa, pensando em talvez seguir em direção ao mar e me jogar na água de roupa e tudo.

Fico parada observando a praia até que ouço meu nome.

— Ei, Callie.

Me viro e lá estava ele. Chinelos, camisa polo, bermuda e óculos de sol, um bando de sacolas em suas mãos. Rafe sorri pra mim, me olhando de cima a baixo o que me faz automaticamente ajeitar o cabelo.

— Rafe? Oi.

Ele dá dois passos em minha direção.

— Está trabalhando?

— Na verdade eu sai agora.

— Isso é perfeito — comenta, sua expressão é difícil de ler por trás das lentes escuras de seu óculos. — Está afim de nadar? Estava comprando umas bebidas pra dar uma volta de barco.

Eu e Rafe num barco lotado de bebidas? Só nós?

— Está me chamando pra sair?

O lado esquerdo de sua boca sobe, formando um sorriso de canto.

— Sair, encontro, volta, passeio. Pode dar o nome que quiser.

Sorrio. Eu realmente tinha que dar alguns pontos pra ele... Não sei se ele curtia desafios ou se tinha um fraco por ser maltratado mas sua insistência é de se admirar. O ponto é que tudo isso me deixava ainda mais desconfiada.

— Tenho que voltar pra casa e preparar algo pro meu pai, ele é péssimo na cozinha e...

— Eu peço pra entregarem algo lá — me interrompe. — Bife com fritas e cerveja gelada? O que acha?

— Não sei não — murmuro, tentando buscar alguma desculpa no fundo de minha mente.

Se eu queria ir? É claro que queria mas não acho que deveria.

— Olha, tem biquinis das minhas irmãs no barco, algum deles deve te servir e o dia tá lindo pra caralho, então... — ele insiste. — Eu não mordo.

Dou risada, eu sabia muito bem que isso não era verdade. Encaro sua expressão impassível enquanto penso no resto de tarde terrível que eu teria se voltasse pra casa e continuasse a sentir pena de mim mesma.

— Certo, tudo bem — concordo, arrancando um sorriso dele. — Mas não posso voltar tarde, ok?

Rafe assente e acena com a cabeça para que eu o acompanhe.

𝐃𝐀𝐍𝐎𝐒, 𝘳𝘢𝘧𝘦 𝘤𝘢𝘮𝘦𝘳𝘰𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora