21. Um homem melhor

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🦋 CALLIE

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🦋 CALLIE

Acordo me sentindo faminta, cansada e com uma dor de cabeça infernal. Também me sentia um pouco enjoada, como se algo errado estivesse acontecendo no meu corpo. Rafe dormia tranquilamente, dessa vez sem me envolver com o braço e sim praticamente em posição fetal na beirada da cama. Seu choro durou metade da noite até o ponto que ele apagou, provavelmente cansado demais para resistir. Eu agradeci aos céus por isso, não aguentava mais ouvi-lo chorar e com certeza minha cabeça também não.

Me levanto e espio o corredor pela porta do quarto, tentando decidir se havia alguém aqui pra me ver passear pela casa de fininho. Eu ainda estava com a mesma roupa de ontem então ninguém poderia dizer que estou indecente, mas mesmo assim, não é legal ficar andando por uma casa que não era minha. Quando decido que a área está limpa praticamente corro em direção a cozinha, procurando água gelada.

Paro no banheiro no meio do caminho, procurando por alguma aspirina para controlar essa dor de cabeça. Reviro as gavetas e o armário do espelho até achar um pequeno frasco com o que eu tanto precisava. Coloco um na lingua e engulo em seco, caminhando até a cozinha. Abro a geladeira e pego uma garrafa de água, servindo um copo cheio. Assim que me viro vejo Ward parado na porta o que faz meu coração praticamente saltar pela boca.

— Ah, senhor Cameron! Oi — murmuro, colocando o copo de volta na pia.

Ele me olha de cima abaixo e se aproxima.

— Bom dia Callie.

Espero que ele diga algo mas nada sai de sua boca, somente continua me encarando com seus olhos azuis como os de Rafe apesar de serem bem mais sinistros.

— Me desculpa eu... — começo e então decido não falar nenhuma merda. — Me desculpa.

Isso lhe arranca uma risada.

— Desculpas por que?

— Não deve ser legal acordar e ver uma desconhecida na sua cozinha — explico, pegando novamente o copo e dando um bom gole na água.

Ficar com as mãos desocupadas me deixava ainda mais nervosa e eu não estava muito afim de transparecer tensão a ele. Preferia apenas evitar olha-lo nos olhos.

— Você não é namorada do Rafe? — ele pergunta, cruzando os braços.

Assinto.

— É.

— Então não é desconhecida.

Sua resposta me surpreende ao ponto de me deixar sem palavras. Viro toda a água de uma só vez, querendo sair daqui o mais rápido possível.

— Certo, eu... Vou falar com ele e ir, tenho que trabalhar — digo, colocando a garrafa de volta na geladeira mesmo sentindo vergonha por abri-la na frente dele. Acho que seria ainda pior deixar tudo ali largado.

𝐃𝐀𝐍𝐎𝐒, 𝘳𝘢𝘧𝘦 𝘤𝘢𝘮𝘦𝘳𝘰𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora