18. Tico & Teco

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🦋 CALLIE

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🦋 CALLIE

Se sentir suja é tão fácil... Um simples erro, um deslize bobo e sua consciência é totalmente arruinada ao ponto de não conseguir pensar em outra coisa. Me sentia nervosa como se estivesse sendo perseguida apesar de não haver ninguém atrás de mim. Bom, ninguém além do Rafe.

— Você está bem? — Rafe pergunta, me abraçando por trás e colocando sua cabeça no espaço entre meu pescoço e ombro.

Ele me aperta e tento relaxar perante o seu toque. Rafe havia chegado após o almoço e se deitado comigo enquanto assistíamos um filme. Ele parecia ter se divertido bastante, o que foi bom, afinal fez com que ele não percebesse como eu não parecia entender nada.

— Estou com fome — admito, passando a mão pelos seus dedos.

Rafe se levanta imediatamente.

— Vamos. Abriu um lugar super legal em frente a praia.

Resmungo por ter que levantar.

— Kook ou Pogue? — questiono.

Ele faz careta.

— Kook mas você não vai se arrepender.

Bem, seria legal sair um pouco de casa e arejar a cabeça. Trabalhar todos os dias realmente acabava com qualquer bom humor que eu poderia ter. Psiquicamente me sentia uma mulher de meia idade.

Nós trocamos de roupa em poucos minutos e ouvimos música country enquanto Rafe dirigia até o tal lugar. Cantarolamos juntos. A essa altura eu já estava acostumada ao ritmo e havia decorado boa parte dar letras. Damos risada e aproveitamos da companhia um do outro, ele perguntando algumas coisas sobre o Malone's e eu ouvindo histórias sobre seus amigos que pela boca de Rafe pareciam mais irresponsáveis do que ele.

Todas as coisas ruins pareciam desaparecer em momentos como esse.

Quando estacionamos em frente a praia andamos de mãos dadas até o novo estabelecimento. Estava cheio de Kooks, é claro, e a placa enorme tinha o letreiro azul escrito KookBay. Faço careta enquanto passamos pela porta mas minha expressão é tomada pela fome quando o cheiro de torta invade meu nariz.

Eu com certeza comeria torta de maçã.

Rafe me guia até uma das mesas enquanto cumprimentava alguns conhecidos. Eles sorriam pra mim, com certeza sem perceber que eu era Pogue, mas isso me deixa feliz. Pelo menos em momentos como esse eu não me sentia um marginal. Rafe se senta na mesa ao ar livre, onde dava vista pro mar. Faço menção a me sentar no momento em que vejo JJ passar com uma bandeja em mãos.

Subitamente o meu bom humor se vai.

— Vamos embora — murmuro, dando de ombros.

— O que foi?

— O JJ está trabalhando aqui — admito, pensando por qual caminho consigo sair daqui mais rápido.

— E qual o problema? Achei que vocês tinham se resolvido sobre tudo.

𝐃𝐀𝐍𝐎𝐒, 𝘳𝘢𝘧𝘦 𝘤𝘢𝘮𝘦𝘳𝘰𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora