• piloto •

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Eu criei essa história por conta de um bloqueio criativo na minha "principal" digamos assim.
Tô com uns probleminhas meio grandes e pessoais como ser arrancada do armário a força e homem hétero cis me enchendo o saco. Mas relevamos esses problemas, já tem mais um capítulo dessa história e um terceiro sendo produzido.
Não se preocupe caso você goste da outra história ela tá saindo também, porém um pouco mais lenta do que eu gostaria.

Enfim, desculpa essa "nota" meio grande e agora a história...

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O barulho da caneta sendo batida contra a madeira ecoava pela loja de conveniência vazia, o garoto de cabelos roxos estava entediado batendo a caneta contra o balcão no qual estava apoiado com o cotovelo, usando o punho fechado para apoiar o rosto.

Hitoshi, com seus 20 anos, trabalhava em uma loja de conveniência apenas para pagar a faculdade, não que precisasse de dinheiro, trabalha apenas para ter liberdade e não precisar pedir nada ao pais.

Suspirou e se inclinou para trás no banco que estava sentado, não havia nada pra fazer, já eram dez da noite, seu horário era até às onze, em menos de uma hora estaria na dormitório da faculdade em sua cama, mesmo que não conseguisse dormir.

Saiu dos seus pensamentos sobre estar em sua cama quando o som da porta se abrindo e do sensor avisando que alguém havia entrado. Se levantou no banco ficando de pé atrás do balcão.

Viu o garoto que aparentava ter 16 ou 17 anos, loiro, com moletom preto e o capuz cobrindo - ou melhor, tentando cobrir - boa parte do cabelo e rosto, ele entrou indo para as geladeiras, pegando uma lata que Hitoshi não conseguiu reconhecer, logo depois indo para a parte de alimentos pegando um pacote de salgadinho e por fim indo para a parte de farmácia, onde pegou uma cartela de comprimidos que Hitoshi só descobriria quando cobrasse o produto.

Assim que pegou o que parecia ser tudo que queria se dirigiu ao balcão, colocou todos os itens em cima do mesmo e começou a mexer nos bolsos da calça.

Shinso passou todos os itens - os quais eram um energético de café, remédio pra dor de cabeça e um salgadinho qualquer de presunto - sem prestar atenção no garoto em sua frente, assim que terminou olhou para frente da falar o valor quase tomou um susto ao ver que o garoto o encarava, quase que o analisando.

- 505 ¥ - tentou ignorar o olhar fixo do loiro em si.

- sua voz é boa de ouvir. - recebeu um elogio que não esperava, num momento que não esperava, não respondeu nem reagiu, apenas ignorou o que o outro falou.

O loiro tirou o capuz do moletom o deixando cair para suas costas revelando o raio preto estampado na franja loira e os olhos dourados, além das bochechas rubras por conta do que Hitoshi julgou ser álcool. Pegou a carteira que antes estava no bolso o qual mexia e tirou a nota de ¥1000 a entregando.

Recebeu o devido troco e Hitoshi começou a colocar os itens na sacola, ainda sendo encarado pelo outro.

- Você tá com uma cara feia. - invés de um elogio agora havia recebido uma crítica, nem sabia se podia se dizer assim.

Ignorou novamente e só revirou os olhos, não queria lidar com um adolescente bêbado.

- Você não dorme a quanto tempo? Sua voz é boa, o rosto também, mas parece que não dorme bem a anos. - O garoto não estava errado, realmente não dormia bem a anos, mesmo sendo uma verdade era irritando o loiro não parar de falar. - você podia melhorar essa cara.

- talvez ela melhore se você pegar suas coisas e sair. - provavelmente havia passado um pouco do limite e se estressado apenas porque o garoto não calava a boca.

- tá bravo, né? - a reação foi completamente diferente do que Hitoshi esperava, pensava que ia ser xingado, denunciado ao superior por tratar um cliente mal, mas tudo que recebeu foi o loiro debochando do seu humor atual. - quer um pirulito não? - ficou confuso com a pergunta repentina mas fez o mesma coisa que estava fazendo até agora, ignorou. - eu gosto de doces, tiram o gosto do álcool depois que uns idiotas tentam te embebedar pra depois te levar pra um motel. - deu um sorriso pro nada.

A teoria que Shinso tinha sobre o loiro estar bêbado estava certa, só não via motivo pro garoto estar falando isso pra um completo estranho que trabalha na loja de conveniência.

- olha, toma aqui. - Tirou um pirulito do bolso do moletom e entregou para Hitoshi, que recusou o ignorando. - você é chaaaatoo~ - estendeu a última palavra fazendo bico como se estivesse triste por terem rejeitado o doce que ofereceu.

- Suas coisa já estão aqui, pode sair quando quiser. - Já sem paciência, Hitoshi tentou falar o mais pacificamente possível.

- valeu - o loiro finalmente pegou a sacola do balcão - mas, toma. - colocou o pirulito vermelho em cima do balcão. - é um presente. - sorriu fofo e se virou de costas para Hitoshi, saiu dando um aceno ainda de costas sem virar pra trás em nenhum momento.

Assim o loiro barulhento finalmente saiu deixando Shinso sozinho novamente, sentado no banco atrás do balcão batendo uma caneta na mesa e encarando o pirulito em cima do balcão.

Deu um suspiro longo e pegou o doce na mão, encarou por pelo menos um minuto procurando alguma pista de que podia já ter sido aberto ou colocado em algo, não achou nada, pelo menos não aparentemente.

Se lembrou de todas as vezes que seus pais falaram quando era criança "Não aceite doce de estranhos", abriu o doce e continuou o encarando.

Suspirou e jogou o pirulito e a embalagem na lixeira embaixo do balcão.

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/!/ Nem um pouco revisado kkkkkk /!/

Lollipop'sOnde histórias criam vida. Descubra agora