Ela não dormiu naquela noite.
Ela não conseguiu dormir porque Mina quase a tinha beijado e teria acontecido se Tzuyu não tivesse interrompido. E Jihyo não sabia o que isso significava. Claro, em um sentido muito lógico, poderia concluir que Mina gostava dela, mas... aquela era Mina e, como ela era objeto de sua afeição, às vezes a lógica tinha que ser desconsiderada. Mas reforçada por sua autoestima, ela escolheu acreditar que realmente a loira tinha sentimentos por ela. O jeito como ela a olhara quando estavam prestes a se beijar fazia a acreditar que havia um pouco mais do que interesse. Foi... foi ardente e daquela vez Jihyo tinha certeza de que não estava delirando porque Mina estava pressionada contra ela, sua respiração irregular, o corpo inclinado, então fechou seus olhos e apenas esperou o que ela sabia que estava por vir. Se a taiwanesa tivesse mantido a merda da boca fechada.
E o que foi aquela piscadela que ela deu a Jihyo, afinal? Será que ela sabia de alguma coisa? ela se perguntava se Tzuyu sabia que ela era gay ou se... ela sabia que Mina era gay. Ou bi ou qualquer outra coisa- algo que não a fizesse ser totalmente hetero, porque se era hetero não havia necessidade dela ter prendido Jihyo no balcão e fazer aquilo com ela- ou quase fazer.
Talvez ela só estivesse curiosa. Jihyo entendia que essa era a idade de maturação, o suficiente para se iniciar uma exploração da sexualidade e talvez Mina não fosse tão tensa quanto as pessoas achavam. Talvez sob a superfície era apenas uma garota que também pensava em sexo e sexualidade. Mas, por que Jihyo de todas as pessoas?
Sua cabeça doía. Pensar em Mina estava a fazendo explodir, mas ela não conseguia parar de pensar tanto. Ela se levantou de sua mesa, seus problemas de geometria ali esquecidos. Prometeu a si mesma resolve-los mais tarde, pegou um casaco e saiu pela porta.
"oppa, posso ir à casa de Daniel?" ela perguntou quando desceu as escadas.
JY abaixou o jornal da sua linha de visão para olhar a filha. Ela estava uma pilha de nervos desde a noite anterior. Chupou os dentes pensando, antes de murmurar: "Claro."
O passeio até a casa de Kang foi relativamente silencioso. ela encolheu em seu assento quando seu pai a olhou desconfiado. "Como foi a sua sessão de estudos na noite passada?"
"Foi tudo bem." ela piou. "Eu já te disse isso."
Ele riu. "A memória é a primeira coisa a ficar velha, você vai aprender isso um dia."
Ela zombou. "Você não é tão velho."
Ele acenou para ela, mas ela já estava na porta. "Vejo você depois, querida."
Dae abriu a porta com um sorriso no rosto. Seu sorriso tomou uma pitada de confusão quando ela percebeu que era Jihyo que estava lá. "Olá... Jihyo. Como está você?"
Jihyo pigarreou nervosamente, só agora percebendo que era a primeira vez que ia a casa dos Kang após o término. "Oi, Dae." ela sorriu tão brilhantemente quanto possível. "Tenho estado bem, e você?"
"Também." Seu sorriso não vacilou, mas apertou quando ela deu um passo para o lado permitindo que Jihyo entrasse. "Acho ótimo que você e Daniel tenham sido capazes de manter a amizade mesmo depois que ele terminou com você."
Ela parou um momento absorvendo o que Dae disse, e se voltou para ela. "E-ele- o quê?"
A mais velha franziu a testa em simpatia. "Oh, sinto muito, Jihyo. Eu sei que deve estar sendo difícil para você." Ela andou até Jihyo e a envolveu em um abraço. "Eu sei quão fácil é se apaixonar por Daniel- Ele é um bom garoto, afinal."
"Ele é." Jihyo disse firmemente. "Um menino tão doce." Ela saiu do abraço, oferecendo um sorriso a Dae antes de começar a subir as escadas. "Foi maravilhoso vê-la novamente!"
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Adptação ilegal - que portas podem abrir
HorrorJihyo se assume gay e termina com Daniel. Aos poucos as pessoas começam a ter conhecimento, mas quando, enfim, a capitã das líderes de torcida, Myoui Sharon Mina, descobre, Jihyo jamais imaginaria que sua vida mudaria de tal forma.