Jihyo fez uma careta para o C- que ela recebeu na prova de geometria. Ela empurrou o papel na primeira pasta que encontrou dentro da mochila. Ela não tinha culpa se matemática não era o seu forte. Será que os professores tinham realmente que ser tão cruéis dando a ela atribuições ou notas pouco satisfatórias?
Além disso, não era fácil aprender um assunto sequer quando o seu cérebro estava trabalhando para entender a forma como Mina estava olhando para ela desde o dia que descobriu que ela era gay. Ela não queria se iludir, mas havia algo... diferente sobre a maneira como a loira estava olhando para ela. Eles agora contém menos desprezo e mais uma curiosidade leve. Mas com o que diabos ela estava curiosa, Jihyo não saberia dizer.
E o mais estranho era que Mina tinha lutado com unhas e dentes para vê-la romper com Kang e agora que eles finalmente terminaram, ela não o estava procurando. Então, qual o ponto de tentar separá-los?
O sinal tocou e a coreana agradeceu em silêncio saindo de seu assento e levando consigo seus livros. Ela caminhou em direção ao seu armário e praticamente empurrou o livro de matemática para dentro, fechando a porta com um bufo. Ela ouviu uma risada zombeteira no seu lado esquerdo e se virou para ver Mina caminhando em sua direção. Suas bochechas queimaram em constrangimento e borboletas dançaram em seu estômago.
A japonesa parou numa certa distância à frente dela. Ela tinha uma pasta rosa segura entre as mãos, descansando contra a frente de sua saia e Jihyo não conseguiu evitar deixar seu olhar cair brevemente naquele lugar para então subi-lo rapidamente de volta. Ela estava tentando aprender a ser mais discreta, mas ela realmente não conhecia ninguém que houvesse aprendido. Shawn sempre fora tão óbvio quando estava olhando para ela, assim como quando verificava outras garotas.
Ela não estava sorrindo, mas também não estava carrancuda, o que Jihyo tomou como uma vitória. "O que esse armário fez para você?" Mina perguntou numa voz que ela nunca havia ouvido antes. Poderia ser entendida como divertida.
Ela revirou os olhos para o seu armário e para o fato de que a outra parecia sempre pegá-la quando ela estava no seu pior. Ela olhou para baixo e murmurou com petulância, "Eu recebi menos que—"
"O que eu falei sobre manter contato com os olhos?" Mina perguntou retoricamente dando um passo para perto.
Jihyo suspirou baixinho, olhando para cima e, em seguida, para longe, porque estava começando a ser irritante o efeito que Myoui tinha sobre o seu corpo. E por que o que ela disse soou tão íntimo? Ela falou como se fossem as únicas pessoas no corredor. E Jihyo desejava que fossem, porque então ela iria fazer... absolutamente nada.
Provavelmente correr.
Correr gritando, na verdade.
Obrigou-se a encontrar os olhos da japonesa com um sorriso torto no rosto face ao quão ridículo os seus pensamentos estavam. "Eu praticamente falhei em meu teste de matemática."
Uma sobrancelha loira subiu em uma silenciosa surpresa, mas estranhamente familiar. "Eu pensei que você era inteligente, Park."
"Eu sou." Ela respondeu com altivez, resistindo à vontade de cruzar os braços, embora o seu queixo tenha se projetado orgulhosamente instantaneamente.
Mina, no entanto, cruzou os seus, revirando os olhos, mas Jihyo podia ver o brilho de diversão agora que elas estavam tão perto. "Certo, então que nota você tirou?"
Ela vacilou diante da pergunta. Então franziu o cenho por Mina ser tão rude ao fazer uma pergunta pessoal. "Eu recebi um C." ela disse com uma falsa confiança, se fosse possível.
"Um 'C'?"
"Menos." Ela resmungou. "Um 'C' menos."
A loira riu baixinho, mais divertida do que zombeteira naquele momento. "Você é péssima em matemática, Park."
BINABASA MO ANG
Adptação ilegal - que portas podem abrir
HorrorJihyo se assume gay e termina com Daniel. Aos poucos as pessoas começam a ter conhecimento, mas quando, enfim, a capitã das líderes de torcida, Myoui Sharon Mina, descobre, Jihyo jamais imaginaria que sua vida mudaria de tal forma.