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Diogo Torres.
Vilão.
24 anos.

O portão do inferno abriu e a claridade bateu com força contra o meu rosto, fui saindo com um sorrisinho de canto mas com a minha marra de sério na cara.

Lili cantou porra e pra cair agora é só no caixão.

Mente aperta pra caralho irmão, ficar longe da minha véia e do meu morro é foda pra porra.

Foram 5 anos no escuro, sem saber de carai nenhum que rolava aqui fora, caí logo em segurança máxima, era tudo reforçado e visita era de vez em nunca.

Papo até pensei em fugir mais minha mãe mandou cumprir, ta ligado ordem da mãe vem sempre a cima.

Na cabeça dela vai conseguir me tirar dessa mas já ta claro que daqui eu só saio morto.

E agora o comando voltou, lugar que eu nunca devia ter saído.

Olhei ao redor e já reconheci o Audi todo preto do outro lado da rua, pelo carro sei até quem ta dentro.

Abri a porta e entrei vendo a Índia em ligação com alguém, filha da puta olhou pra mim soltando aquele sorriso que me mata toda vez.

Índia: vou desligar irmão, daqui a pouco eu colo aí, fé pra nois.

Ela esticou a outra mão e eu toquei sorrindo e deixando meu jeito sério de lado.

Índia: fala comigo sumido.

Ligou o carro e começou a dirigir na estrada única que fica no meio do nada rodeada de mato.

Vilão: fala tu palhaça.

Índia: como cê ta Vilão?

Vilão: melhor agora dona.

Ela virou o rosto pra estrada e a gente ficou em silêncio, era sempre assim, era foda tar perto dela, o passado batia na mente.

Não surpreende mais, ela gosta de bater de frente e deve ser por esse caralho de motivo que eu não consigo soltar dela.

Passei a mão bagunçando meu cabelo e fiquei olhando pro lado vendo as árvores passando.

Vilão: como ta minha favela?

Índia: indo, 3 meses sem invasão mas o movimento ta fraco.

Deu de ombros entrando em uma rua de terra.

Vilão: Fiel não ta dando conta? manda a real.

Ela sorriu fraco e foi entrando no meio de uns barracão.

Índia: ta até demais, mas ele não é você, tem coisa que só tu, tua mãe ou a Lauana pode resolver.

Ela parou o carro e pegou as armas no banco de trás.

Mente CriminosaOnde histórias criam vida. Descubra agora