Vilão.
---Já entrei em casa daquele jeito, doido pra ver minha mãe, invadi a casa mermo e já fui rodeando tudo.
Subi as escadas e fui pro quarto dela, a velha não tava nem lá, só me liguei em um suspiro longo e uma fungada de choro.
Fui andando no corredor e a porta do meu quarto tava aberta.
Entrei e vi minha mãe ajoelhada do lado da cama com uma foto nossa na mão e na outra o terço enrolado nos dedos.
Vilão: chora não mãe, ta ligada que isso acaba comigo po.
Andei pra mais perto e segurei no ombro dela.
Rosa: meu filho?
Olhou pra mim chorando e eu sorri ajudando ela a levantar, ela me abraçou com força e eu retribui me sentindo em casa depois de tanto tempo.
Rosa: não quero mais ver você envolvido Diogo, nunca mais.
Falou assim que saiu do abraço.
Vilão: mãe tu sabe que isso aqui é minha vida, eu entrei e não tem mais como sair.
Rosa: não quero saber, já perdi teu pai pra esse caralho imagina perder você.
Balancei a cabeça negando.
Vilão: o meu destino sempre foi esse, eu nasci pra isso e assumir o comando do pai foi a última coisa que ele pediu, dessa eu só saio morto mãe.
Puxei ela pra mais um abraço antes dela falar alguma coisa, não gosto desses papo, senti ela fungando o choro isso destruía mais ela do que eu.
Rosa: vamo comer menino ta todo desnutrido.
Dei risada vendo ela sair do quarto e me joguei na minha cama, finalmente o colchão não é duro feito pedra.
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Rosa: Lauana tava aí mais cedo.
Vilão: como ela tá?
Rosa: insuportável como sempre.
Vilão: o mãe, para.
Rosa: a maior merda que você já fez na sua vida foi ter trocado a Manuela por essa menina.
Passei a mão na nuca suspirando.
Vilão: não é bem assim.
Rosa: nem vou te falar nada.
Balancei a cabeça e voltei a comer, nada muda a cabeça dessa mulher.
Rosa: vocês vão ter que conversar muito.
Olhei pra ela arqueando a sombrancelha, sei muito bem que quando ela fica voltando no mesmo assunto é porque tem merda no meio, ainda mais vindo da Lauana.
Rosa: pelo amor de Deus né Diogo achou mesmo que ela ia ficar sem abrir as pernas esperando por você?!
Vilão: eu quebro ela.
Rosa: já vou avisando, não quero mais ela aqui dentro.
O tom de voz dela tava diferente, como se guardasse rancor.
Rosa: o que ela fez pra você?
Olhei sério pra ela que parou de comer se levantando.
Rosa: se tivesse sido pra mim até passava mas não, foi pra alguém que poderia mudar a vida de todos nós.
Foi pra sala e eu suspirei, acabei de voltar e essas porra acontece, curiosidade bateu querendo saber quem a Lauana tinha infernizado.
Terminei de comer e fui pra sala vendo a coroa deitada no sofá assistindo jornal do meio-dia
Tava nem com fome Índia fez a boa comprando o lanche pra nóis.
Vilão: mãe vou descer pra praça.
Falei na porta.
Rosa: se cuida.
Fui descendo e cumprimentando os morador que paravam pra falar comigo, maioria era os senhor que fizeram parte da infância resto tudo tinha medo.
Quando eu fui preso ainda era um moleque lá pelos 19 anos.
Invasão foi das pesada, os preto do bope subiram no ódio.
Índia: ninguém sabe fazer nada naquele caralho, cansei.
Parei atrás dela que tava sentada na calçada junto com o Fiel fumando narga.
Fiel: ta é doida.
Índia: sobe lá então cara, quero só ver.
Ele deu risada soltando a fumaça e me olhando por cima do ombro dela.
Índia levantou a cabeça olhando pra mim enquanto levava o cano do narguile na boca.
Fiel: fala tu.
Bati na cabeça dele sentando no meio-fio e olhei o movimento da rua.
Fiel: ala meu Deus.
Uma maluca pulou em cima de mim me beijando.
Lauana: meu amor, que saudade.
Enchia meu rosto de beijos enquanto agarrava meu pescoço.
Vilão: iae loira.
Ela sorriu e olhou pro Fiel que tinha fechado a cara e depois pra Índia que tinha pegado o celular.
Lauana: vamo pra casa?!
Sussurrou no meu ouvido.
Vilão depois, tenho que resolver uns rolo mais importante.
Lauana: e tem coisa mais importante que eu, Diogo?
Vilão: meu morro é muito mais importante que você e tu ta ligada que é Vilão.
Lauana: eu sou tua mulher tenho o direito de te chamar pelo nome.
Revirou os olhos e eu bilisquei o braço dela, ta tiradinha demais.
Vilão: vai por essa pra tu ver, mantém a postura caralho.
Sussurrei de volta.
Carol: oi gente, bora?
Chegou mexendo no celular sem nem olhar pra quem tava aqui.
Fiel trocou ideia com ela enquanto a Índia levantava pegando o celular e passando a mão atrás do shorts limpando a sujeira, chamando minha atenção pra bunda dela e tomar no cu viu.
A caralhenta da Carolina nem se tocou que eu tava ali, depois vem com papo de irmãozinho.
As duas foram andando e o Fiel levantou também dando um grito no Jeovani que é dono da tabacaria que eles pegaram o narguilé.
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Mente Criminosa
FanfictionVidigal, Rio de Janeiro. Não destrua o futuro com problemas do passado. "Esse romance é tipo minha vida eu deixo nas mãos de Deus" • Poesia acústica 10 - r e c o m e ç a r @N-NIIH 100% minha autoria Plágio é crime!!