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Vilão.

Joguei a camisa no ombro e fui descendo a viela vendo dona Maria subir as escadas do barranco cheia das sacolas

Vilão: quer ajuda ae tia?

Maria: o meu menino, tô precisando.

Sorri fraco e peguei a maioria seguindo ela até o restaurante.

Maria: obrigada querido, a idade tá batendo pra mim.

Vilão: ta veinha mermo.

Ela bateu no meu ombro e eu dei risada.

Falei mais um pouco com ela e fui saindo quando esbarrei com o Ryan e a irmã dele segurando algumas malas.

Ryan: qual foi Vilão? quer acabar com alguém acaba comigo não com a minha família.

Vilão: vou acabar contigo também filho da puta.

Ryan: tudo por causa da vadia da Carolina?

Cheguei perto dele segurando na gola da camisa do desgraçado.

Vilão: tu já ta fudido, não se fode mais.

Joguei ele no chão com força escutando a criança gritar.

Vilão: cala boca antes que sobre pra tu pirralha.

Ryan: não encosta nela Vilão, minha irmã porra.

Vilão: bem que eu queria, tu encostou na minha mais eu não sou vacilão igual você parceiro.

Os vapor já tavam ao redor pra segurança.

Vilão: leva ele pra salinha da boca 9 e a menina pra casa da mãe.

Saíram arrastando o Ryan pelo chão e o Fiel apareceu antes de pegarem a criança.

Fiel: que casa Vilão? destruíram o barraco da Cláudia ontem.

Vilão: problema não é meu irmão, só leva ela pra mãe dela.

Fiel: elas tão desabrigadas Diogo.

Falou mais baixo.

Vilão: ia mandar vazar da casa mesmo, vi por cima a lista de quem não pagou o aluguel e a véia ta com 5 meses em atraso.

Arthur suspirou e concordou pegando na mão da menina e saiu do restaurante.

Sempre foi assim, os mais sangue bom é o Fiel e o Zóio, o Teco é mais ou menos tudo tem limite pra ele.

E os dois mais fudido sou eu e a Índia, se pa ela é pior que eu, não tem dó de nada.

Vilão: foi mal ae tia.

Maria: que não se repita.

Sorri pra ela e voltei a andar pelos beco tudo.

Vilão: toma vergonha na cara e vai pra um motel seu puto.

Zóio: qual foi parceiro?

Parou de beijar a, Rayssa?

Vilão: sempre soube.

Ray: ta drogado?

Vilão: sempre tô.

Sorri de lado e dei a ré me virando pro outro lado indo pra casa da coroa.

Ainda quero saber qual foi a dela com a Lauana.

Depois do que ela disse no almoço do dia que eu cheguei, ainda teve o que ela disse hoje mais cedo pra Lauana enquanto eu descia as escadas.

"Você vai abrir essa boca e falar tudinho pra ele até amanhã, minha paciência não existe pra você gar.., oi filho..."

Até a Índia eu fui procurar pra saber o que tava rolando, mais a mandada abriu a boca? nem.

Vilão: iae patroa.

Entrei na cozinha vendo ela secando a louça.

Rosa: vai assustar outro, filho da mãe.

Bateu com o pano no meu braço e eu ri sentando em uma das banquetas que tem na mureta que separa a cozinha da mesa de jantar

Rosa: quer o que?

Vilão: vim te ver.

Rosa: conta outra Diogo.

Vilão: tu e a Lauana, conta pra mim vai.

Rosa: quem tem que contar é ela.

Vilão: ajuda ae mãe.

Ela me olhou e suspirou.

Rosa: eu não consigo Diogo e sei que você não vai saber lidar.

Respirei fundo tentando manter a calma.

Rosa: fala com a Lauana ela é a única que vai falar alguma coisa e se não falar daí sim eu falo tudo com todos os detalhes, só mantenha a calma.

Concordei e saí sem falar nada, eu tenho algum problema que quando a paciência acaba eu fico quieto até descontar em alguém.

Minha casa e a casa da minha mãe é perto então eu cheguei em menos de 5 minutos.

Lauana tava jogada no sofá mexendo no celular, arranquei da mão dela colocando no meu bolso.

Lauana: Vilão.

Se arrumou no sofá e eu fiz ela levantar puxando pelo braço.

Vilão: mandei pegar? não tô lembrado.

Perguntei com a minha falsa calma.

Lauana: você, me tirou do banheiro e-e ele tava em cima da mesa.

Vilão: uma coisa não tem haver com a outra, quer ficar roxa de novo? continua brincando comigo.

Empurrei ela de novo no sofá e fui pra cozinha pegar uma dose de whisky.

Lauana: qual é o teu problema?

Vilão: meu problema? única problemática aqui é você.

Sentei no outro sofá vendo ela massageando o pulso que eu apertei.

Vilão: pro teu bem, fala a porra do motivo da minha mãe não querer nem te ver mais.

Ela me olhou se encolhendo e a respiração foi acelerando.

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Mente CriminosaOnde histórias criam vida. Descubra agora