Desabo contra o colchão abaixo de mim enquanto sinto os músculos das minhas pernas tremerem violentamente. Já fazia algum tempo, quero dizer, muito tempo que eu não tinha um orgasmo tão maravilhoso quanto o de agora.
Queria tentar me lembrar quando foi, mas não consigo. Não depois do meu peito ainda estar subindo e descendo rapidamente e pesadamente, minha mente ainda está nas estrelas e meu corpo estar todo arrepiado quando a ruiva, com lábios em formato de coração, desliza para cima e paira sobre mim.
O olhar dela é tão intenso que faz aquele frio surgir em meu estômago e o sorriso malicioso se instalar em meu rosto. Ela morde o lábio inferior e meu sorriso se alarga quando noto os ombros e braços dela tão vermelhos com os arranhões.
Sexo quente. Sexo incrível. Sexo selvagem. Ser desejada e ter meu corpo adorado dessa maneira. Eu não sabia que sentia tanta falta de ser admirada assim, até que eu realmente notei ela me olhando daquele jeito. Como se eu fosse a única pessoa no mundo que importasse e que ela queria possuir de um jeito sedutor e selvagem ao mesmo tempo.
- Vê algo que gosta? - ela sussurra baixinho com a voz rouca e coloca a mão em minha nuca, emaranhando os dedos em meu cabelo.
- Talvez. - mordo meu lábio inferior quando ela dá um leve aperto, seguido de um puxão e me beija novamente, desabando o corpo suado em cima do meu e eu envolvo as pernas em sua cintura. De onde eu tirei forças para fazer isso? Eu poderia jurar que minhas pernas estavam como gelatina há poucos segundos atrás.
Nós rolamos na cama em uma disputa silenciosa para definir quem fica por cima e eu ganho, obviamente.
- Eu gosto da sua dualidade e da sua flexibilidade. - a ruiva diz quando nos afastamos, com um olhar brilhante e repleto de luxúria ao mesmo tempo.
- Dualidade, hein? - distribuo beijos em seu pescoço e sinto ela apertar minha coxa, deslizando as unhas na lateral da mesma.
- Tão dominadora e agressiva em um momento, para depois ser tão submissa e encantadora no próximo.
- Você é sempre boa com as palavras? - ergo uma sobrancelha a questionando.
- Eu sou boa em muitas coisas, eu poderia te mostrar mais algumas coisas... - ela diz em um tom sugestivo ao tamborilar os dedos da minha coxa até minha cintura, causando um formigamento estranho.
- Confesso que estou curiosa e tentada a descobrir no que você diz ser boa, mas essa é a primeira e última vez que nos encontramos. - mordo o ombro dela e deslizo a ponta da língua por sua clavícula. Sorrio ao perceber todas as marcas que fiz em seu corpo perfeito.
- Você sabe como quebrar o coração de uma mulher. - ela ri baixinho e reviro os olhos. Coloco a mão em seu queixo e puxo o rosto dela para o meu, agora ela está com um brilho divertido nos olhos.
- Que tal se falarmos menos e produzir memórias inesquecíveis para esse caso de uma noite? - sussurro ao morder o lábio inferior dela e deslizar o joelho entre suas pernas, fazendo ela soltar um gemido baixo.
- Como eu disse, sua dualidade é incrível. Não sei se agradeço a garrafa de soju ou a esses seus olhos felinos que prenderam minha atenção. - ela desliza a boca em meu maxilar bem suavemente, me fazendo arrepiar completamente.
- Você pode agradecer gemendo meu nome, Jisoo.
- Será uma honra, Jen. - os lábios em formato de coração se alargam em um sorriso malicioso antes de se unirem aos meus novamente.
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Estou começando a cortar os legumes para o jantar e pensando quando a vida começará a ficar boa novamente. Quero dizer, quem nos vê de fora, realmente acredita que somos perfeitas e exemplos a sermos seguidas. Que eu tenho uma esposa trabalhadora, dedicada, responsável que me ama incondicionalmente. Duas filhas lindas e inteligentes.