- Sabe, eu nunca gostei que me marcassem... - digo baixinho enquanto distribuo beijos da coxa até a barriga de Jennie.
- Oh? Me desculpe? - ela diz com a respiração ainda ofegante e um sorriso nos lábios de uma pessoa que claramente não está arrependida do que fez.
- Mas tem algo sobre você que eu não sei... - apoio as mãos no travesseiro, ao lado da cabeça dela, enquanto observo esses lindos olhos castanhos se fecharem enquanto ela ri - Eu simplesmente não me importo e sempre quero que você me marque mais. - mordo meu lábio inferior e me sento sob suas coxas.
- Então estou fazendo um bom trabalho? - ela ergue a sobrancelha, me desafiando, e apoia as mãos em minha nuca.
- Sim, mas você sempre pode tentar melhorar. - sorrio quando ela me puxa para baixo, mordendo minha boca.
- Isso tudo é loucura. - ela fecha os olhos e respira fundo.
- É, eu não consigo pensar em outra palavra para definir como você me deixa: louca. - Jennie sorri ao me ouvir.
- Nós deveríamos parar com isso e nunca mais nos vermos. - mordisco o maxilar dela, pressionando nossos corpos.
- Nós podemos tentar, mas sabemos que não funcionará. Lembra o que você disse da primeira vez? Que seria a última. - solto um riso convencido ao vê-la revirando os olhos.
- Você vai se engasgar com esse ego. - ela encosta a testa na minha, o olhar alternando entre minha boca e meus olhos.
- Eu tenho você para me ajudar a voltar a respirar. - Jennie balança a cabeça negativamente e eu coloco as mãos em seu rosto, a beijando novamente.
Giro na cadeira do escritório enquanto me lembro da última noite e mordo minha boca, tentando imaginar quando será a próxima vez que nos encontraremos.
O que há com essa mulher? Eu não menti quando disse que ela me deixa realmente louca. Desde o momento que ela entrou naquele bar, eu não consegui tirar meus olhos dela. Foi como se um magnetismo insanamente forte me atraísse para ela.
Eu vi a aliança em seu dedo e, Deus, como eu queria que isso tivesse mudado ou diminuído o interesse que eu estava sentindo naquele momento, mas pelo contrário, deixou tudo ainda mais interessante. Eu não poderia me importar menos com o fato dela ser casada e eu sei que isso é completamente errado.
- JISOO! - o grito de Irene me faz pular da cadeira e eu olho para ela irritada - Estou te chamando há 5 minutos enquanto você fica girando nessa cadeira, com esse sorriso idiota no rosto! - reviro os olhos para ela. Minha cunhada tende a ser dramática.
- Em que posso lhe ajudar, cunhada fofinha? - vejo ela bufar enquanto se senta na minha frente.
- Por, Deus, Jisoo, tenha o mínimo de respeito pelo meu cargo.
- Awn, Joohyun - me levanto e me aproximo dela, apertando suas bochechas - Você pode ser a presidente, mas olhe o quanto você fica fofinha quando está irritada. Eu diria adorável.
- Tudo que minha Seulbear não é, você é em dobro. - ela dá um tapa em minha mão e começo a rir, enquanto pulo e me sento na mesa. - Você não tem modos?
- Eu sei que sou extremamente gostosa, mas fico lisonjeada de você deixar claro que sou duplamente gostosa. - seguro o riso ao me lembrar de Jennie falando sobre meu ego - Você não deveria falar assim da minha irmã, ela é gata também. - mostro a língua para Irene que passa a mão no rosto, respirando fundo.
- Pare de falar bobagens. Eu não te pago para você ficar com esse ego nas alturas. - ela revira os olhos e me lança aquele olhar sério.
- Seulbear deveria ter casado com alguém com um senso de humor melhor - balanço a cabeça em negação - É uma pena que minha irmã não pode ser perfeita como eu - abro meu sorriso convencido para Irene e jogo o cabelo para o lado - Então, qual o problema? Você só vem na minha sala quando há algo.
- Eu soube por aí que você e Lisa discutiram de uma maneira bem pesada. Há algo que queira me falar sobre isso?
- Na verdade sim, há quanto tempo ela e Jennie são casadas? - digo baixinho.
- O que? - ela semicerra os olhos para mim e eleva o tom de voz - Jisoo, não tenho tempo para suas brincadeiras e nem pense em fazer nada. Elas estão tentando colocar o casamento delas nos trilhos novamente.
- Não seria melhor mudar de trilho e de vagão?
- Do que você está falando? - oh não, Irene está com aquele olhar realmente mortal agora e eu engulo em seco.
- Brincadeirinha. - pigarreio - Lisa e eu discutimos porque eu pedi a ela para me ajudar com algo e acabou passando do prazo, foi só isso. - dou de ombros.
- Tem certeza que foi só isso? - ela diz depois de alguns minutos.
- Sim, agora me responda, por que você não a promoveu para esse cargo que estou ocupando? Eu vi o currículo e a trajetória dela na empresa, ela é muito boa no que faz. - Irene suspira ao me ouvir e esse parece ser uma resposta que ela já repetiu diversas vezes anteriormente.
- Ela é realmente muito boa, mas falta experiência a ela. Não para o cargo em si, mas eu precisava de alguém com o horizonte mais amplo e em várias áreas, assim como você trabalhou em outros setores antes. Eu realmente queria alguém com essa visão com possibilidades de expansão. - ela fica encarando a janela - Lisa é ótima, ela era criativa e uma potência em crescimento dentro da empresa, mas há alguns anos, aconteceu algo e ela mudou assim. - ela se levanta e volta a me encarar - Enfim, ainda tenho esperança que ela volte a brilhar como antes. - ela me dá um sorriso triste e há uma batida na porta.
- Sim? - franzo as sobrancelhas. Geralmente, ninguém vem em minha sala.
- Senhorita Bae e Kim, todos já estão na sala de reuniões as aguardando. - uma das secretarias diz e vejo que Lisa está parada atrás da garota.
- Há algum engano, não tenho nenhuma reunião na minha agenda.
- Na verdade - Irene começa a dizer e se vira para a porta - Entre Lisa, há algo que quero falar com vocês antes de irmos. - a tailandesa revira os olhos antes de passar pela porta e cruza os braços - Recebemos uma proposta de última hora e é um projeto grande, eu quero que vocês duas o assumam.
- O que? - Lisa e eu falamos juntas.
- Vocês duas vão trabalhar juntas nesse projeto. Ele é extremamente importante para nosso crescimento e eu quero só o melhor para ele, e o melhor são vocês duas. - Irene sorri e começa a sair da sala enquanto Lisa e eu ficamos nos encarando.