❧ 007 | afrodite ❧

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AFRODITE, Point of viewNYC, New York

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AFRODITE, Point of view
NYC, New York.

Ainda muito inconformada pelos acontecimentos do dia, cheguei em casa, arrumei tudo o que eu tinha que arrumar e ainda me sobro tempo de fazer várias outras coisas

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Ainda muito inconformada pelos acontecimentos do dia, cheguei em casa, arrumei tudo o que eu tinha que arrumar e ainda me sobro tempo de fazer várias outras coisas.

Como dormir.

Deitei para dar um cochilo de meia hora e acordei duas horas e meia depois.

Me levantei e me arrumei, pois hoje seria o chá de noivado oficial de Aster e Ed na casa da minha mãe. E por ser afastada da cidade, eu teria que sair de casa meia hora antes do horário combinado, para ver se eu conseguiria chegar antes dos petiscos — já que eu perderia a recepção.

Ao fazer a lista dos meus ex namorados, me senti muito mais preocupada do que eu já me sentia antes.

Eu sou uma vadia desempregada que dormiu com dezenove caras. E isso não deveria me atingir. Eu sou solteira e eu faço o que eu quiser da minha vida. Eu sei disso e tenho completa certeza sobre isso. Mas mesmo assim as mulheres ainda são — infelizmente — muito julgadas por isso. E ao ver que as mulheres que passam da média não se casaram, deixou minha cabeça com centenas de paranóias.

E se eu não conseguir realizar tudo o que eu planejei por causa de uma imagem machista da sociedade?

Pensei sobre isso o caminho inteiro até a casa da minha mãe e ainda estava sem soluções para meu pequenino problema.

— Oi, mãe — digo, ao vê-la parada na porta recebendo os convidados.

— Afrodite, querida — ela me abraça e me deixa um beijo na bochecha. — Seu cabelo está...

— Eu não tive tempo para lavá-lo, mãe — expliquei. — O trabalho me consumiu hoje — menti, forçando um sorriso.

— É, não está tão ruim assim, querida. Ninguém irá perceber — ela sorri. — A Aster está nervosíssima lá em cima.

— Vou ir vê-la — digo.

— Seu primo Josh está aí! — ela grita após eu passar da porta.

— Primo por consideração! Ele é meu primo por consideração! — respondo rapidamente após lembrar que ele estava na minha lista estúpida.

Subo até o quarto de Aster e a encontro terminando a maquiagem.

— Como está a noiva mais linda do estado de Nova York? — digo, lhe deixando um beijo na bochecha.

— Ansiosa, com medo de algo dar errado, e morrendo de fome — explica.

— Você acabou de descrever eu mesma, obrigada.

— Você está estranha! O que está escondendo? — ela perguntou.

— Mas eu acabei de chegar, como pode dizer que eu estou "estranha"? — pergunto.

— Está na sua cara que você está escondendo algo, Afrodite! — debateu minha irmã. — Está grávida?

— Não, sua louca! — grito desesperada. — Talvez eu tenha sido despedida. — assumo, bebendo a garrafa de champanhe que eu havia pego de Aster.

— Você o que?

— Meu chefe colocou a culpa na superioridade dizendo que era um corte de despesas. Mas eu não acredito nele, ele nunca gostou muito de mim — explico.

— Meu Deus, você não acerta uma hein — comenta, terminando de passar seu lindíssimo batom vermelho matte.

— Eu sei, ok? Não preciso da minha irmã mais nova jogando isso na minha cara — digo, após beber mais um pouco da bebida. — Segunda eu começo a procurar um emprego novo.

— Eu estou apenas observando você se afogando com essa bebida, sendo que daqui a pouco terá que fazer um discurso.

— Eu estou de boa, Aster — respondo. — Vou arrasar no meu discurso.

— Igual o da minha formatura?

Sou motivo de chacota desde a formatura de ensino médio da Aster pelo seguinte motivo: um ex namorado meu terminou comigo horas antes da festa e eu bebi para esquecer. Fiquei louca, quase fiz striptease no palco, e derrubei bebida nas pessoas, de propósito.

— Melhor! — respondo, erguendo a garrafa vazia para ela.

— Estou descendo. Vem comigo? — questionou e eu neguei com a cabeça.

— Já, já eu desço.

— Por favor, não se envergonhe — pede antes de abrir a porta de seu quarto. — Eu te amo.

— Também te amo, pirralha!

Talvez, mas apenas talvez, eu tenha bebido um pouco demais do que eu deveria

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Talvez, mas apenas talvez, eu tenha bebido um pouco demais do que eu deveria.

Desço as escadas já sem meu salto alto, e com uma garrafa cheia até a metade de whisky.

Ao descer, encontro meu primo por consideração, Josh, com uma moça.

— Ei, Josh — sorrio forçada para o moreno. — Tome cuidado com ele, ele pode machucar seus mamilos — sussurro para a moça, que pareceu um pouco assustada comigo.

Sigo meu caminho para a sala de estar, onde minha mãe e minha irmã estavam recebendo os convidados.

Me sentei no sofá ao lado de Aurora.

— E para fazer o primeiro discurso, a irmã mais velha da Aster, Afrodite! — minha mãe anunciou, me fazendo levantar segundos após ter me sentado.

— Você está fedendo a álcool — Aurora comentou.

— Eu sei — sorri, entregando a garrafa para ela segurar. — O que falar sobre Aster e Ed? Vamos relembrar o momento em que ela me contou que estava apaixonada por ele. Eu não acreditei, afinal, ele era estranho durante o ensino médio. Era magricelo e alto, parecia um poste de placa de trânsito. Sempre achei a Aster muita areia para o caminhãozinho dele, para ser sincera. Mas sabe, eu posso estar muito bêbada agora, e posso estar vendo dois de cada um de vocês, mas de uma coisa eu tenho certeza: eles se amam. E esse é o motivo deles estarem noivos. Porque obviamente é necessário amar para casar, eu acho — falo meio enrolada com as palavras por conta da bebida. — Eu preciso de dois litros de água! E ao Ed a Aster! Beijo gente, até o casamento!

— Arrasou! — brinca Aurora, que gravava tudo com o seu celular.

Sorrio e mostro meu dedo do meio.

— Eu sempre arraso, vadia — falo, me sentando ao seu lado novamente e pegando a minha garrafa de volta. — Se postar isso, eu mato você.

𝘄𝗵𝗮𝘁'𝘀 𝘆𝗼𝘂𝗿 𝗻𝘂𝗺𝗯𝗲𝗿?Onde histórias criam vida. Descubra agora