𝘄𝗵𝗮𝘁'𝘀 𝘆𝗼𝘂𝗿 𝗻𝘂𝗺𝗯𝗲𝗿?

❧ 037 | afrodite ❧

AFRODITE, Point of view
NYC, New York.

— Aster, eu não posso fazer nada! — digo pela décima vez para minha irmã.

— Afrodite, ela não quer ir ao casamento por causa do papai! — ela insiste mais uma vez. — E o papai vai levar a nova namorada dele, ela está louca da vida!

— E mesmo se eu estivesse a solução, qual seria ela?

— Peça para o Quinton ir! Por favor!

— Aster, eu já disse! Eu não estou saindo com ele nem há um mês e vocês já querem que eu peça para ele ser meu acompanhante no casamento da minha irmã! — eu a respondo já de saco cheio. — Com certeza ele ficaria estranho nessa situação.

O que eu estou falando é verdade, mas outro motivo de eu não querer que ele vá é simples, não quero que minha família o conheça. Não quero que eles fiquem na minha cabeça falando o quão perfeito ele é. O quão certo para mim ele é. Já estou cansada disso, eu sei que ele é o cara perfeito, mas não sinto que ele é o cara perfeito pra mim.

E isso é loucura, já que ele realmente é perfeito.

— Dite, por favor! Faz isso para a sua irmãzinha! Você é a minha madrinha de casamento, por favor? — Aster insiste mais um pouco e eu bufo. — Isso é um sim?

— Vou falar com ele e depois eu falo com a mamãe. Tchau Aster. — digo e desligo antes que ela começasse a gritar do outro lado da linha.

Bosta.

Após a ligação com a minha irmã, eu tomei um banho e me arrumei para encontrar com Quinton e pedi-lo para ser meu par no casamento, o que faria minha mãe parar de cu doce e ir também. 

Então vesti uma calça jeans e uma blusa comprida masculina e um tênis e vim até o hotel onde Riggs está hospedado.

O recepcionista já me conhece e nem precisei de identificação, ele apenas avisou que eu estava subindo.

No elevador eu subi até o décimo oitavo andar, onde era a cobertura e melhor e mais caro quarto do melhor hotel de Los Angeles.

Vou até sua porta e bato, sendo recebida por um Quinton maravilhoso com uma toalha amarrada no quadril.

Puta que pariu vai se foder caralho porra vai se foder porra tomar no cu puta que pariu caralho que homem gostoso do caralho.

— Afrodite? — sou acordada dos meus pensamentos impuros pelo moreno estralando seus dedos em meu rosto. Levanto minha cabeça em sua direção e sorrio, deixando um beijo em sua bochecha. — Você disse na mensagem que precisava de um favor meu, o que seria?

— Lembra que eu comentei sobre o casamento da Aster?

— Sim, sim! É no final do mês, certo?

— Isso! E bem... Eu não tenho um acompanhante, e minha mãe e minhas irmãs queriam muito que você fosse... — eu expliquei, sentada em sua cama de perna de índio.

— E você quer que eu vá com você? — ele pergunta e eu assinto, com um sorriso amarelo. — Pensei que nunca fosse pedir. — ele sorri e vem até a mim, me deixando um beijo na boca.

— Sério?

— O que? — ele me olha confuso.

— Você vai?

— Por que não iria?

— Pensei que não fosse gostar. Sabe... Imaginei que você fosse achar que estamos indo muito rápido e... — eu dizia até ser interrompida.

— E se estivermos indo rápido? Qual o problema? — ele pergunta, arqueando as sobrancelhas.

— Olhando para você assim, com essa carinha de anjo, com esse tanquinho descoberto e esses cabelos molhados, eu realmente não sei qual seria o problema. — eu falo sorrindo e o beijando em seguida.

Acabei dormindo com Quinton no hotel na noite passada e esqueci de avisar Aster que ele iria comigo.

Eu até fiquei surpresa com a reação dele. Sinceramente, eu não esperava, mas fiquei feliz.

Levantamos cedo e tomamos café da manhã no quarto, mas logo eu vim embora, alegando-o que eu tinha que ir ver minha mãe. O que na verdade era em partes, mentira. Eu iria encontrar ela e Aster para tentarmos convencê-la de ir ao seu casamento.

E cá estou eu, trancada para fora da casa da minha própria mãe porque não há ninguém em casa.

E ligava para seu celular e para o de Aster pela quinquagésima vez. Andam com o celular na mão vinte e quatro horas por dia, mas para atender a coitada e esforçada da Afrodite ninguém quer!

Fiquei sentada na sacada por mais vinte minutos até as duas bonitas chegarem cheias de sacolas de compras.

— Vocês me deixaram esperando aqui fora por duas horas enquanto estavam fazendo compras? — pergunto indignada.

— Compramos um par de sapatos para você. — Aster sorriu culpada.

— Ok, eu perdoo vocês.

Entramos na casa e logo me joguei no sofá cansada.

— O que vocês duas querem conversar comigo, suas traíras? — minha mãe perguntou, se sentando ao nosso lado.

— Se o Quinton for ao casamento, você vai? — Aster questiona, esperançosa.

— Ele vai? — a mais velha perguntou pra mim.

— Vai.

— Então eu vou.

Os próximos segundos foi uma insuportável gritaria vinda de Aster.

Todos sempre fizeram de tudo pra ela estar feliz. Sempre fizeram tudo o que ela sempre quis.

Por que comigo não era assim?