Capítulo I

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Você não sabe, pelo menos eu nunca te contei isso, mas foi por sua causa que eu comecei a escrever Faberry e pelo visto Fleurmione. Na época eu escrevia outro casal, comecei a ler Faberry e achei você, devorei tudo o que você tinha no perfil naquela época. Uma. Duas. Três vezes. Eu lia várias fics ao mesmo tempo, mas sempre relia as suas. Até que resolvi escrever, inspirada por você. Você me acolheu com a sua escrita em momentos muito tenebrosos, você me fez sorrir, me deu conforto, me fez chorar e me apaixonar diversas vezes. Você tem essa capacidade de causar uma imersão tão profunda que quase causa falta de ar, eu sei... eu perdi o folego com Everlasting diversas vezes. Para mim? Você é a rainha tupiniquim do fandom e ninguém nem se aproxima dos seus pés. Então quando achar que sua escrita não vale de nada, que não atinge ninguém e nem é importante. Repense... respire... e venha até aqui, pois meu bem... estarás enganada...

Seus pés pousaram em terra firme quase obrigando seus joelhos a se dobrarem com o impacto, soltou quase imediatamente a chave de portal. Ela arrumou as vestes bagunçadas pelo vento e tentou ignorar o estado que seus cabelos provavelmente estavam. Subiu a colina vendo os aurores espalhados pela grama verde, sua visão logo foi presenteada com as pedras em círculo onde a maior estava fincada exatamente no meio.

- Hermione. – O chamado lhe fez olhar para a direita.

Ela observou seu melhor amigo. Alto, cabelos escuros bagunçados ainda mais pelo vento que cortava a colina, os olhos verdes protegidos pelos óculos tortos... ela suspirou, eles poderiam estar mais velhos, mas Harry sempre iria parecer um garoto desarrumado.

- McGonagall apenas me disse que vocês precisavam de um especialista. – Hermione esperou ele estar perto o suficiente para abraçá-lo. – É bom te ver.

- Algum tipo de magia oculta disparou os alarmes no Ministério. – Ele explicou quando se afastaram. – Apontou para cá, mas vergonhosamente não conseguimos achar a fonte. É como se ela estivesse no ar ou algo assim.

Hermione olhou para as pedras e pareceu cheirar o ar, seus olhos escuros se estreitaram apenas um pouco quando a curiosidade a dominou.

- Isso é magia antiga... - Ela murmurou mais para si do que para ele. – É uma magia muito forte e... poderosa...

Ela avançou para as pedras com ele em seu encalço. A morena ignorou o homem ruivo que a olhava desconcertado quando ela passou por ele. Parou entre duas pedras e retirou as luvas as colocando nos bolsos do casaco, retirou a varinha do bolso e se inclinou.

- É... quase uma camada fina de magia. – Ela murmurou ciente que os dois homens a olhavam esperando por uma conclusão. – É fina, mas tem uma intensidade que eu nunca tinha visto.

Hermione examinava as pedras com cuidado, deslizava a mão por suas superfícies porosas, chegou a aproximar o rosto encostando seu nariz a cheirando. Harry e o homem ruivo trocaram um olhar intrigado diante das ações da antiga amiga de colégio.

- Hermione dá para dizer de onde está vindo? – O homem ruivo se manifestou controlando o tom de voz irritado.

- Se você parar de falar talvez eu consiga Ronald. – Hermione revidou com seus olhos castanhos rastreando as pedras. – Elas estão conectadas, são fios de magia muito bem costurados. Tem uma assinatura muito peculiar e tudo leva a pedra central.

Ela se virou para olhar a maior pedra que se elevava acima dela pelo menos uns 2m. Se aproximou vendo alguns grifos entalhados, não era uma linguagem que ela reconhecia, com toda certeza sabia que não eram runas. O formigamento se espalhou por sua pele assim que chegara a 1m da pedra, ela franziu as sobrancelhas para aquilo. A magia era mais espessa naquele ponto, ela deu um passo para perto já preparando a varinha, mas o repuxão em seu umbigo a paralisou.

Sielen - FleurmioneOnde histórias criam vida. Descubra agora