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  Rebecca encarou o painel de controle. Naquela manhã, outro alerta vinha do quadrante z, desta vez, parecia que algum desamparado foi vítima da discriminação das autoridades. A capitã se adiantou, pedindo para que sua equipe mudasse a rota, indo para o local do problema. Rebecca até já imaginava o que poderia ter sido, nesse planeta em questão, realizou muitas missões para a O.R, os chamados sempre se repetiam, e ela ia toda vez, às vezes sozinha, outras com alguém. Mas sempre ia.

  A nave 000789 pousou no centro do planeta Black-15, assim que sentiu o ar pesado que esse lugar carregava, Bex se deixou levar por lembranças de sua juventude percorrendo por aquelas ruas escuras e cheias de tudo que pode ser considerado ruim. Não seria hipócrita dizendo que jamais tocou nessas coisas, mas isso foi em outro tempo. Caminhou com sua equipe, seguindo o fluxo suspeito de extraterrestres, eles discutiam, estavam apressados, nervosos.

— Até quando vamos ser marginalizados desta maneira? — Um senhor falava extremamente irritado, ao redor dele, outros desamparados davam suas opiniões. A cor da pele deles era cinza, são descendentes de uma raça que há muitas eras fora escravizadas, porém, as marcas desse tempo perpetuam até os dias de hoje.

  Os agentes se aproximaram da aglomeração, não demorou muito para que Rebecca fosse reconhecida por seu velho conhecido Kay, e também seu informante número um.

— Rebecca, vem comigo antes que isso se torne uma confusão maior ainda por você estar aqui. — O velho negro tragava um cigarro enquanto explicava discretamente para a capitã, que assentiu, o seguindo. Sua equipe seguia mais atrás, vendo que os dois começaram uma conversa.

— O que aconteceu aqui? — Bex perguntou, Kay tragou o cigarro mais uma vez antes de responder.

— Um garoto foi assassinado ontem. — O velho encarou o chão, Rebecca negou com a cabeça. Sabia o que aquilo significava. — Confundiram ele com um ladrão.

— Confundiram ele? E quem fez essa confusão? — Rebecca tratou de tirar do bolso um maço de cigarro, não ia fumar, mas esses assuntos a deixavam nervosa. Acendeu usando seu isqueiro, seus olhos corriam pelo lugar, já fazia tempo que não resolvia algum problema ali, era como voltar ao passado.

— Um dos guardas da União das Galáxias. — Kay apagou seu cigarro o jogando no chão e pisando em cima, Rebecca tragou seu cigarro, teria um longo dia naquele planeta.

— Posso ver a família dele? — Perguntou a capitã, olhou para trás, encontrando o mesmo semblante abatido nos rostos da tripulação.

— Pode, sei onde eles moram. — Kay respondeu, enquanto os dois voltaram a andar, desta vez, para a casa do garoto.

☆☆☆

  Bex sentou no pequeno sofá.
  A sua frente, a irmã mais velha do garoto que foi assassinado, só a menina podia falar que já seu pai saíra e sua mãe não conseguia falar nada, nem fazer qualquer outra coisa.

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