Prólogo

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21 anos antes...

Jay sentia a pela primeira vez as dores do parto em plena véspera do natal. Seu namorado Troy, não respondia nenhuma das ligações e a ômega nem se deu o trabalho de ler a mensagem no qual ele respondeu dizendo que trabalharia até mais tarde, ela sabia que ele iria beber em um bar barato e terminar a noite com jogado numa cama de motel.

- Calma, Jay! Respira, ele está chegando. - A parteira auxiliava a ômega.

-AAAAAAAH - A dor era absurda, sentia como se todos os seus ossos estivesse se quebrando para o pequeno bebê passar.

Já fazia horas, Jay tremia, sentia-se fraca, não tinha conseguido comer durante toda a tarde e pouco de água que ingeriu foi expelida por seu suor decorrente ao esforço. Mais um empurrão. Mais um grito. Está quase... ela suspirou caindo para trás, batendo suas costas na cabeceira da cama.

- É um menino. Parabéns mamãe. - A parteira entregou o pequeno embrulho e se apressou a começar a limpar.

Um choro, que saiu em um fio de voz ecoava no quarto. A jovem mãe lambia seu filhote.

- Meu pequeno ursinho, vou cuidar de você. Ninguém nunca vai te fazer mal. - Ela sentia o cheiro do bebê, sorria, apesar do medo de ter um bebê ômega macho, era o seu bebê, e preconceito nenhum o atingiria. - Eu prometo, vou cuidar de você.

Naquela noite, Johannah fez suas malas. Juntou o pouco das roupas que tinha, misturando com o pequeno enxoval que tinha feito para o filho antes de tomar fôlego e sair do apartamento de Troy, deixando apenas um bilhete comunicando o namorado que o menino não tinha resistido e que voltaria para a casa de sua mãe. Fugiu em meio ao sereno, sozinha, com uma mala e um recém-nascido nos braços.

15 anos antes...

- Alô, por favor os responsáveis por Louis Willian Tomlinson? - A diretora da escola municipal dizia ao telefone.

"Sou o Mark, o pai dele"

- Senhor Tomlinson, creio que precisará comparecer a escola o mais rápido possível, seu filho entrou em heat. - Dizia calmamente.

(...)

-UM ÔMEGA, JOHANNAH! COMO ISSO É POSSÍVEL? - Mark gritava na sala.

A ômega, ainda que chorosa, não se deixava abaixar a cabeça pelos gritos do marido.

- PARE DE GRITAR! QUER QUE OS VIZINHOS ESCUTAM? SABE O QUE PODE ACONTECER COM ELE SE PESSOAS ERRADAS DESCOBRIR? - Ela tentava não aparentar o pavor que sentia.

-SERIA UM FAVOR A MIM! O QUE EU VOU FAZER COM UM ÔMEGA! MACHO AINDA POR CIMA! ESSE MULEQUE NASCEU DOENTE!

- CALA A BOCA! ELE É MEU FILHO, ENTENDEU?

No quarto, Lottie e Fizzy balançava dois bebês assustados pela gritaria.

- EU MESMO VOU LIGAR PARA INSTITUIÇÃO PARA LEVA-LO O QUANTO ANTES!

- MARK TOMLINSON! NÃO OUSE INTERNAR O MEU MENINO! - A ômega, que até então se passa por beta para o marido, jogou o celular no chão.

Mark rosnou alto ao ver seu telefone destruído no chão, antes de sair batendo a porta decidido a comprar um novo antes de tirar essa história a limpo.

Não existiam muitos ômegas e o pouco que existiam eram internados em instituições de reabilitação ômega. Acredita-se que a raça ômegas era fraca demais para ser inserida na sociedade, não conseguiam acompanhar os betas e alfas em trabalhos manuais, por serem frágeis e menores e o restante evitava contrata-los decorrente a necessidade de todos os meses precisarem se ausentar por uma semana para terem seus heat.

Ômegas machos era ainda mais raro. As famílias que não os viam como estorvo, acreditavam que estavam fazendo o melhor internando os que por um milagre, nasciam ômegas, mas na verdade, depois de internados nunca mais os viam. Eram torturados e mortos em nome da medicina, usados como cobaias para estudos desumanos, e mesmo tendo genes de lobos, muitos não aguentavam nem uma semana de "tratamento".

Com isso, a quantidade de alfas também diminuía drasticamente, já que o genes beta era o dominante. Alfas poderiam se reproduzir apenas com os ômegas, acreditam que só não era perseguidos por serem maiores, mais fortes e conseguirem se transformar em lobos gigantes.

Johannah conseguiu sobreviver e fugir de uma dessas instituições, se disfarçava de beta diariamente, quando soube de seu filho, jurou proteger, e foi isso o que fez.

Atualmente... 

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