To You

I'm missing half of me

Louis Pov

- Louie? - Harry chamou fazendo carinho na minha cabeça apoiada em seu peito. 

- Hazz? - fechei meus olhos apertando meus braços ao seu redor. 

- Sabe o que estou pensando agora? - ele sorria. 

Pisquei algumas vezes me acostumando com a baixa luz vindo apenas da televisão. 

- Em como a cama está quentinha?

- Também - deu de ombros - Você é bem quente para alguém tão pequeno. 

- Eu não sou pequeno! - dei um tapa em seu ombro o fazendo gargalhar. 

- Claro que não, imagina, você pequeno? 

- Você é um idiota. - falei emburrado. 

- SEU idiota. Lute com isso. 

Era realmente incrível como Harry pode matar alguém sem piedade pela manhã e a noite se aconchegar comigo como um gatinho manhoso. 

- O que está pensando, Harrie? - subi meu olhar encontrando o par de esmeraldas. 

- Que eu não me sinto assim a tanto tempo, acho que nunca me senti assim antes. - ele sussurrava. 

- Assim como?

- Em casa. 

"Em casa"

Quando eu sai da casa da minha mãe, nunca mais consegui dormir com tranquilidade. Era como se a qualquer momento alguém fosse entrar ou me levar ou me matar. Eu tive tanto medo, de estar sozinho, de não dar conta de mim mesmo que não percebi quando me acostumei a isso. 

Era uma rotina, se esconda, arrume uma desculpa, coma, beba água, trabalhe com discrição, não fique a vista, seja forte, não se apegue a ninguém. Todos os dias eu repetia para mim mesmo como um mantra e mesmo nos meus dias de coragem na qual eu resolvia me aventurar por um bar aleatório, onde eu parava na cama de algum beta aleatório, eu nunca me senti realmente seguro. 

Harry chegou e praticamente me sequestrou para o seu mundo. Em tão pouco tempo eu fui de um ômega escondido para um ômega livre. 

Livre.

Segurança. 

Aconchego? Harry é tão quente... 

Acho que estou em casa também. Esse é o meu lar. 

- Estou em casa. - sussurrei. 

Senti os braços de Harry me apertarem e longos beijos serem distribuídos pelo meu rosto, me fazendo rir. 

- Você é um ladrãozinho barato, sabia? - Harry ria e distribuía beijos agora no meu pescoço.

- O que eu roubei? Pelo que eu me lembre você é o cara mau. 

- Eu sou o cara mau - ele debochou - Mas você é o ladrão que roubou meu coração. 

- PÉSSIMO HARRY STYLES! - eu gargalhava junto dele -  Essa foi a melhor cantata que você pode pensar? 

- Eu poderia citar o dicionário inteiro, e ainda me faltaria palavras para explicar o que estou sentindo. - seus olhos estavam mais brilhantes, senti minhas bochechas queimarem quando levei minhas mãos até o seu rosto me aproximando.