To You

Now you know me

Harry Pov

 - Você não deveria estar deitado?

- Eu passei três semanas deitado, Gems. 

- E três dias em pé. - ela bufou. 

- Estou bem, maninha. - sorri vendo ela revirar os olhos.

- Harry? Os papéis estão aqui. - Liam entrou na sala com uma pasta em mãos. 

- Cadê o Des? - questionei. 

Eu já tinha explicado todo o plano para o bando. Des explicou como os encontrou e Liam apresentou as falhas que ainda não tínhamos pensado sendo seguido por Zayn com possíveis soluções. Eu tinha 15 anos novamente. 

- Harry eu quero ajudar. - Niall se aproximou. 

- Vem com a gente. - eu não gostava de por Niall em possível perigo, mas eu não aguento mais ver o loiro deitado chorando. 

- Vamos repetir mais uma vez, para que não ocorra erros. -  disse mais alto chamando a atenção de todos - Liam vai entrar em contato com o Salmão Cruel avisando que os papéis estão pronto e marcar um ponto de encontro. Gemma, Zayn, Perrie e Nick vão comigo para o contato direto. Niall, você, Jade, Jasy e Lauren vão garantir a segurança do Louis. O restante vai cerca o traste, precisamos eliminar o máximo de números deles, da forma mais silenciosa possível. 

- Eu quero ir. - Jay se prontificou. 

- De jeito nenhum - foi Dan quem respondeu. 

- Jay, é perigoso, é melhor você ficar com as crianças. - tentei ponderar. 

- É o meu Boo Bear! Eu vou e não estou pedindo permissão. - ela falava com Dan (eu realmente preciso questionar o que rola com os dois) - Além do mais, Anne, Lou, Micth e Sarah vão ficar com as crianças. Lottie e Fizzy as gêmeas são responsabilidade de vocês! - ela olhou feio para as filhas. 

- Não é justo, mãe! Eu também quero ir! Eu sou uma alfa! - Fizzy batia o pé. 

- Você é uma criança! Já me basta um filho em perigo. - Jay falava com seriedade. 

- Certo então, mas você vai ficar afastada do contato direto. - decretei por fim. 

- Nada disso! Você está com duas costelas quebradas e vai, eu vou junto de você! - é impossível falar "não" para um Tomlinson. 

- Harry? - Dan praticamente implorava com os olhos. 

- Nick, fica no lugar de Dan e Dan, mantém Jay inteira. - falei com a mão na testa. 

- Meus homens estão prontos, filho. - Des entrou na sala seguido pela... mãe?

O plano era horrível. Liam passou pelo menos 2 horas apontando tudo que poderia dar errado. Todos os meus planos era horríveis, normalmente eu não pensava, só fazia o que tinha que fazer e dava certo. 

Segurei a cruz em meu pescoço, um amuleto que nunca tirava, pensando se depois de tantos anos sem pisar em uma igreja, teria algum santo que me ouvisse e principalmente que me ajudasse. 

Ligar para Des foi uma escolha arriscada, ainda mais quando descobri que minha mãe viria. Há anos eu não tinha contato, na verdade eu nem tinha certeza de que ele responderia. Eu precisava encontrar Louis. Des é um dos homens mais influentes do Reino Unido, apenas pela sua agenda telefônica. Ele poderia encontrar Louis até se o menor saísse do país ou trocasse de identidade. E eu preciso de homens, eu sei que Simon está vigiando cada passo do bando, não sei como ainda, ele deve ter algum informante, precisava de homens que não fosse ser  associados a mim, para poder termos a surpresa como vantagem. 

Minha mãe está se esforçando para não ficar no mesmo ambiente que Des, preciso me lembrar de agradecer depois, sei o quanto é difícil para a mulher e Gemma... bem ao julgar pela cara, ela está esperando minhas costelas se cicatrizarem por completo para que ela mesma quebre dessa vez. 

- Todos prontos? - perguntei já ouvindo as confirmações - Vamos então. 

Saímos em direção aos carros. Des tinha cerca de 40 homens e eu o meu bando. Eu não costumo deixar armas na Mansão, já invisto muito em segurança  para colocar as crianças em risco com uma arma em casa, então tínhamos que passar no galpão. 

Liam marcou um ponto de encontro em um clube. Tivemos que fechar o clube por conta de uma possível troca de tiros, entretanto era um lugar aberto que eu conhecia bem, a localização era próxima do galpão e ele tem entradas em todas as direções, no fornecendo uma boa rota para cerca-los. 

- Eu preciso achar um lugar mais perto para guardar as armas. - reclamei no banco do passageiro enquanto Gemma dirigia - Aliás, me explica de novo o porquê de eu não poder dirigir O MEU CARRO. 

- Porque eu estou puta com você e sei que não dirigir te deixa puto. - ela não me olhava mas eu via um sorriso erguer seus óculos escuros - Mas se te faz se sentir melhor, é porque você está dodói. 

- Gems, você sabe que nós nos cicatrizamos mais rápido. - a dor que eu sentia no primeiro dia agora era um incomodo doloroso que não impedia de fazer nada. 

- Você demorou três semanas para acordar, Harry. Não deveria nem esta aqui. 

- É o Louis. 

- Por isso ninguém te amarrou na cama. Louis é da família e sabemos como ele é importante para você, até a mamãe percebeu e ela ainda nem o conheceu. 

- Desculpe colocar você e a mamãe perto dele. - eu olhei pela janela. 

- Tudo bem. Não é como se ele fosse me machucar. Des é tipo uma pedra no sapato, sabe? Mamãe agiu melhor do que eu esperava, apesar de eu achar que ela vai envenenar o chá dele quando voltarmos. - ela riu. 

- Mamãe realmente o odeia, né? 

- Acho que é impossível dona Anne odiar alguma coisa, ela só não simpatiza com a cara dele e faria qualquer coisa para atormentar a vida dele e talvez, quem sabe, o jogaria de alimento para os lobos da montanha. 

- Tem lobos da montanha em Londres? - questionei. 

- Sei lá. 

- Não seria uma espécie de canibalismo? Sabe, nós temos os genes de lobo, então deve ser. 

- Você deveria estar preocupado em não ser jogado aos lobos da montanha junto de Des, quando voltarmos. 

- Bem, você vai ter que me ajudar a agradar dona Anne. Sou teu único irmão. 

- Esse argumento é inválido, pivete. Se você virar comida de cachorro tudo que é seu fica pra mim. - ela sorriu irônica.

- Você é péssima, me lembra de tirar tudo do seu nome quando voltarmos. 

- Louis não deixaria, eu sou a fada madrinha dele. 

- Gemma Anne Styles, fique longe do meu ômega! 

- Blá Blá Blá! Nosso! 

- Eu te odeio. - bufei. 

- É reciproco pivete. 

- Não me chama de pivete, eu sou maior que você! 

- De altura, porque de resto eu te supero em tudo. 

Não respondi, apenas pulei do carro quando ela parou. Ainda tínhamos alguns minutos antes do espirro de hipopótamo chegar ao club. Gemma estava do meu lado, escondendo munição nos bolsos quando eu senti. 

Louis. 

- Tem algo errado! - resmunguei ganhando um olhar confuso da alfa. 

"Eu te amo"  escutei sua voz.

Senti o medo, o pavor crescerem dentro de mim. 

Louis. 

Uivei.