STARBOY l vhope

STARBOY I 3

– I'm a motherfuckin' starboy... – Taehyung murmurava no ritmo da música.

Era exatamente assim que se sentia quando estava no Supremacy Club. 

Um filho da puta de um Starboy foda pra caralho. 

Aos vinte e cinco anos, ele contava nos dedos de uma mão as vezes que se sentiu assim antes na vida. Mas todas as vezes que ele estava ali na Supremacy Club, vestido com sua calça bomber jogger, uma blusa de gola alta colada ao corpo por debaixo de uma harness que dava um toque especial em seu look, acompanhado de uma jaqueta justa de tecido de couro e seus coturnos negros, ele se sentia foda pra caralho.

Essa era a hora que ele esquecia dos problemas. O trabalho que a maioria das vezes era um porre, sua vida financeira fodida e todas as suas frustrações davam lugar para o seu outro eu.

Em meio àquelas pessoas, ele não era Taehyung, se nomeava como V, este era seu alter ego. Era um dominador que gozava da disciplina natural de seus submissos. Nada lhe dava mais prazer do que ver seus parceiros implorando pelo seu sadismo, nada lhe excitava mais do que notar a desobediência deles, apenas para que recebessem seus castigos, e no final de tudo, a satisfação de tê-los imobilizados, comportados e agindo de forma adestrada conforme suas ordens. Era o que lhe excitava.

Experiente, sempre seguia como um de seus princípios uma tríade para suas práticas nas sessões de BDSM: sadio, seguro e consensual. Nunca colocaria em risco a saúde física ou mental de alguém por prazer próprio.

Como dominador,  V achava indispensável  estabelecer limites antes de qualquer sessão. Gostava de respeitá-los, garantindo assim que a safeword nunca precisasse ser usada em suas práticas.

Porque para ele, o prazer não dependia do ato sexual em si, era muito além disso.

O prazer para V estava no fato de como seu submisso estava saciado em acatar suas ordens ou em como ele era eficaz para domá-los. 

Isso lhe causava mais prazer que qualquer sexo que ele tivera antes de conhecer o mundo BDSM.

V encostou-se no balcão do bar à espera de sua bebida, até sentir um perfume bem peculiar ao seu redor.

– Oi, V. – a voz  feminina lhe chamou e ele abriu um sorriso, deixando os olhos estreitos pelo riso grande.

– Oi Jen, como vai? – a mulher de olhos pequenos carregados de maquiagem preta e cabelos longos usava um vestido decotado de couro exibindo sua bela silhueta.

– Vou bem e você, como tem andado? – a garota de um jeito sensual e provocativo colocou o canudo do copo que carregava nas mãos entre os lábios cobertos de um batom vermelho chamativo e tomou um pouco do seu drink enquanto mantinha os olhos bonitos em Taehyung. 

O V semicerrou seu olhar, como se lhe desse uma advertência.

A conhecia o suficiente para saber que Jen era bastante desobediente e V adorava mostrar a ela quem de fato mandava ali, fazendo ela aprender a dançar conforme sua música. 

A mulher se aproximou aos poucos, caminhando não tão discretamente com seus dedos curiosos sobre a coxa dele. Quando as mãos de Jen foram tocá-lo mais intimamente, V segurou seu pulso com firmeza, a impedindo de continuar, fazendo com que a garota lhe mostrasse seu rostinho obediente.

– Você sabe que não é assim que conseguirá coisas comigo, garota. Posso te punir por esse mau comportamento. – o maxilar cerrado e os olhos negros estreitos e duros só faziam a garota querer mais.