STARBOY l vhope

STARBOY I 18

What do you mean? I'm sorry by the way
Never coming back down  can't you see?
I could, but wouldn't stay

Já era tarde da manhã e Hoseok estava acordado, mas nem se preocupou em abrir os olhos.

A noite passada. Aquela maldita noite tinha sido uma das coisas mais loucas que já viveu. V certamente era tudo aquilo que dizia ser. Em toda sua vida, nunca, absolutamente ninguém tinha feito aquelas coisas que V fez consigo, e olha que Hoseok tinha uma longa carga de experiências desse tipo.

V beirava a insanidade, era isso. Hoseok não cansava de repetir.

De olhos fechados, Hoseok se recordava de momentos antes de cair no sono. Se lembrava das mãos de V passeando pelas suas costas nuas, de beijinhos carinhosos como os que dava em Taehyung em sua nuca e de ouvi-lo dizer "meu mauricinho" docemente mais de uma vez.

Hoseok se permitiu receber sua recompensa em silêncio, porque entendia que V parecia se sentir mais a vontade em fazer isso assim, quando achava que ele não estava sendo observado. E por mais que quisesse beijar V e dizer muitas das coisas bonitas que já disse a Taehyung, não pensou que seria o momento ideal. V geralmente não tinha atitudes como essa, e talvez, só tivesse feito aquilo porque tinha certeza que estava dormindo.

Era essa sua recompensa por dar a V tudo que queria dele.

Seu corpo e seu coração.

Sentiu o corpo de V lhe abraçar por trás, o ajeitando em seus braços. Hoseok nunca foi a conchinha de qualquer outro, e só soube o quanto era bom quando V o fez, o abraçando com um cuidado jamais visto. Jamais sentido.

V passava a ponta dos dedos em todos os hematomas de suas costas, coxas... Hoseok sentiu cada um de seus toques, se arrepiou e amou verdadeiramente todos eles. V era muito bom em puni-lo, era excelente nisso, mas era melhor ainda o recompensando.

Pôde sentir que talvez V também sentia algo por ele, assim como ele sentia por V.

As lembranças da noite passada foram interrompidas pelos resmungos fofos vindo do corpo a sua frente, o fazendo abrir os olhos e sorrir de forma genuína. Taehyung. Era este quem lhe abriu os olhos, combinando com o sorriso fofinho cheio de alegria e seu bom humor.

Hoseok só se deu conta do quanto sentiu falta dele quando o viu diante de seus olhos. Taehyung era precioso, era seu amor, era a parte doce de toda aquela grande aventura.

– Bom dia, amor. – disse Taehyung se enrolando mais nele, procurando o cheirinho gostoso da pele de Hoseok.

Hoseok, assim como ele, estava sem roupa, enquanto procurava pelo seu cheirinho gostoso, ele olhava para seu pescoço, peitoral, braços, pulsos com leves marcas rosadas. Franziu o cenho um pouquinho passando a ponta dos dedos nelas, sentindo uma pequena elevação naquela pele, enquanto o observava tentando se lembrar se tinha sido ele quem as deixou.

– Foi o V. – Hoseok respondeu como se estivesse lendo seus pensamentos.

Hoseok não sabia bem se Taehyung ainda reagiria bem a isso, mas não queria mentir e nem ocultar nada dele.

O modelo levou os lábios até essas marcas em seu corpo, beijando cada uma delas, o deixando surpreso por ele reagir assim. Taehyung beijou seu pescoço, clavícula marcada e ombros. Segurou o pulso de Hoseok e levou até seus lábios beijando aquelas marcas com carinho.

Hoseok nem sabia como reagir a tamanha doçura daqueles lábios em seu corpo. Por mais que soubesse o quanto Taehyung era assim genuinamente carinhoso e compreensível, era estranhamente bom saber que para ele não haviam restrições sobre V.