{Capítulo 7}

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*Fernando on*

-A Maiara está sensível por conta da gravidez e isso a deixa dengosa e grudenta. Ela pediu pra mim dormir com ela e meu coração faltou sair pela boca! Aconcheguei ela nos meus braços e fiquei acariciando o pequeno volume na barriga dela, até dormir também-

-Acordei já era tarde, mas ela ainda dormia. Fiquei velando o sono dela e minha vontade era beijá-la, mas eu não posso. Levantei com cuidado, fiz minhas higienes e desci, encontrei a Maraisa tomando café, acho que ela não iria trabalhar hoje-

Fer: Bom dia

Mara: Bom dia Fer. Vou pegar mais uma xícara -Ela pega e me entrega- Cadê a Maiara?

Fer: Está dormindo ainda

Mara: Vocês dormiram juntos?

Fer: Ela pediu pra mim dormir com ela

Mara: Entendi

Fer: Não me olhe assim Maraisa, não aconteceu nada. Mas bem que eu queria -Sussurrei a última frase-

Mara: Sei que ama ela, mas a Maiara é complicada. Ontem eu falei sobre ela convidar você para participar das consultas da Ayla e ajudar ela. Mas ela disse que tem medo de você pensar que ela está se aproveitando de você

Fer: Ela falou o mesmo ontem e eu vou participar de tudo. A Maiara precisa entender que eu não acho e nunca vou achar que ela está se aproveitando de mim

Mara: Aos poucos você amolece o coração dela

Fer: Tomara. Tô louco para beijar ela

Mara: Tá, sem detalhes. Não quero saber o que você quer fazer com minha metade -Ela joga uma uva em mim-

-Tomamos café e logo a Maiara desceu também. Ela comeu e nós fomos para a sala conversar. Eu estava fazendo uma trança no cabelo dela, enquanto ela conversava sobre alguma coisa com a Maraisa-

Mai: Concorda Fernando?

Fer: O que?

Mai: Eu estou falando que quero fazer o parto natural

Fer: Ah sim, é bom

Mara: Tá no mundo da lua Fer

Fer: Eu estava concentrado. Terminei a trança

Mai: Ficou linda

Mara: Tá linda! Onde você aprendeu?

Fer: Eu fazia na minha irmã

Mai: Ah tá

Fer: Eu vou pra casa

Mai: Fica mais

Mara: É Fer, tá cedo ainda

Fer: Preciso resolver uma coisa, talvez eu volte mais tarde

Mai: Tudo bem... Obrigada -Ela me abraça e eu pego minhas coisas-

-A verdade é que eu queria compôr uma música para ela. Assim que cheguei em casa eu fui pro meu quarto e comecei a escrever. Horas depois eu terminei e o chão estava cheio de papéis amassados. Mas eu finalmente havia conseguido, peguei meu violão e comecei a cantar-

"É a gente se conhece já faz um bom tempo
É conheço os seus medos
E você sabe dos meus defeitos
E se a gente deixasse de lado a amizade
E se a gente assumir que quando tem saudade
Não é só de conversar é saudade de se tocar
E se eu te contar que toda vez que eu te deixo em casa
Minha vontade é te ouvir falar
Não quero ir por favor fecha a porta do carro
Eu não quero sair do seu lado
'Cê faz bem pra mim
Eu não quero ir
Põe qualquer lugar no GPS
Um barzinho Temaki e esquece
Dá um pause no mundo lá fora
Que hoje a noite é de nós dois
Nós dois de nós dois"

-Música pronta, agora só falta a coragem para cantar. Eu amo cantar, já escrevi várias músicas que hoje estão estouradas por aí, mas meu amor pela medicina fala mais alto. Eu já havia escrito uma música, essa eu nunca vendi, guardei ela para se caso alguém especial chegasse e parece que chegou-

-O nome dessa composição é Luzes de São Paulo. Talvez algum dia eu cante essas duas músicas para ela, enquanto isso eu as deixo guardada, assim como meus sentimentos-

Um mês depois

-O mês passou mais rápido que o normal. Acompanhei a Maiara em todas as consultas, ela está mais linda ainda, a barriga já está visível e eu estou cada vez mais apaixonado. Confesso que às vezes deixei escapar algumas indiretas, mas ela finge que não entende ou realmente não entende, não sei-

-Eu tenho medo de perdê-la se eu me declarar, ela pode se afastar e eu não aguentaria isso. Mas posso perdê-la para um idiota que também trabalha no hospital conosco, ele não é dá minha equipe e está prestes a se mudar para outra cidade, mas ele quer ficar com ela e ela parece está interessada-

-Cheguei no hospital não muito cedo, a Maiara tinha ido com a Maraisa. Cheguei lá e cumprimentei quem eu vi pela frente, as amigas da Maiara sabia dos meus sentimentos e já me incentivaram a me declarar. Hoje estou disposto a tentar, sinto que preciso-

-Estava entrando na minha sala quando olho pro corredor. Ela estava conversando com o outro enfermeiro lá e ele assim que me ver beija ela. Paulinha e Biah viram a cena também, eu fiquei ali sem reação. Eu não sabia se entrava na minha sala ou se saía correndo, eu só sei que meu peito doeu, parece que estavam dando uma facada no meu peito-

-As meninas ainda me olhavam. A Maiara não deixou ele aprofundar o beijo, ela afastou ele rápido, mas pra mim demorou uma eternidade, tudo girava em câmera lenta. Me tranquei na minha sala e me permite chorar, eu soluçava alto, por burrice eu perdi ela, eu deveria ter me declarado, eu deveria ter tentado-

-Escutei alguém batendo na porta, lavei meu rosto, respirei fundo e abri a porta. Era ela, minha Maiara, a mulher que eu amo. Meus olhos logo encheram de lágrimas novamente-

Mai: Você está bem?

Fer: Sim

Mai: Não é o que parece. Você chorou?

Fer: Não

Mai: Me fala o que aconteceu -Ela acariciou meu rosto e eu deixei as lágrimas molharem meu rosto-

Fer: Eu te amo Maiara, desde o dia em que eu te conheci, eu desejo você, eu quero você, eu quero beijar você, eu quero ter você pra mim!







Será que sai o beijo agora?

Comentem bastante e não esqueçam da estrelinha

Leito 77 (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora