{Capítulo 8}

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*Maiara on*

-Estou tentando assimilar muita coisa. Conheci o Gustavo há algumas semanas e levamos uma amizade normal, ele logo voltaria para sua cidade natal e pelo que parece ele queria ficar comigo, mas eu não queria nada além de amizade-

-Hoje estava conversando com ele e ele me beijou do nada. Afastei ele rapidamente e ouvi uma porta bater com força me fazendo olhar para trás assustada. Biah e Paulinha estavam paradas me olhando, elas apontaram para a sala do Fernando e DROGA!-

-Eu desconfiava dos sentimentos do Fernando por mim, hoje iria conversar com ele sobre isso. Eu daria uma chance pra ele, ele que sempre esteve comigo e acho que essa proximidade fez eu me apaixonar-

Mai: Você é louco? -Empurrei o Gustavo e corri até elas-

Biah: Escuta os soluços dele lá dentro

Paulinha: Você é louca?

Mai: Ele que me beijou

Biah: Fala com o Fernando, anda

-Bati na porta e ele abriu. Ele negou que estava chorando, mas assim que toquei o rosto dele, ele chorou. Ele falou que me ama, ele chorava enquanto se declarava-

Mai: Eu... Eu não sei o que falar

Fer: Tudo bem, podemos conversar depois

Mai: Eu só quero deixar claro que o Gustavo me beijou a força, eu não queria. Mas precisamos trabalhar, mais tarde conversamos -Fiz um leve carinho no rosto dele e saí-

-Pedi as meninas para não tocarem no assunto e assim seguiu o dia. Fiquei tão ocupada que acabei esquecendo isso um pouco, a noite eu tive um tempinho para dormir e o Fernando estava fazendo cirurgia de emergência, então não podíamos conversar-

-Acabei demorando para ir embora pela manhã pois estava assinando algumas coisas. Quando saí o Fer já tinha ido embora, pedi um táxi e fui pra casa. No caminho eu liguei na Maraisa e contei tudo o que aconteceu. Ouvi algumas coisas, mas já era de se esperar-

-Cheguei em casa, comi um sanduíche e tomei um banho. Mas ao invés de dormir eu ia falar com o Fernando, arrisquei a voltar a dirigir, sim eu tinha medo por conta da gravidez. Segui para a casa dele-

-Assim que cheguei na porta, respirei fundo e toquei a campainha. A governanta veio atender e falou que ele estava na sala onde ficava o piano. Ela me explicou onde era e eu segui pra lá. Assim que cheguei, ele cantava-

É a gente se conhece já faz um bom tempo
É conheço os seus medos
E você sabe dos meus defeitos
E se a gente deixasse de lado a amizade
E se a gente assumir que quando tem saudade
Não é só de conversar é saudade de se tocar
E se eu te contar que toda vez que eu te deixo em casa
Minha vontade é te ouvir falar

Não quero ir por favor fecha a porta do carro
Eu não quero sair do seu lado
'Cê faz bem pra mim
Eu não quero ir
Põe qualquer lugar no GPS
Um barzinho Temaki e esquece
Dá um pause no mundo lá fora
Que hoje a noite é de nós dois
Nós dois de nós dois

-Ele cantava de olhos fechados então não me viu entrar. Fiquei enfrente o piano e pela primeira vez senti a Ayla mexer. Eu já chorava muito, pela música e por sentir minha bebê se mexer-

Fer: Maiara? -Ele fala assim que termina de cantar a música-

Mai: Fernando... Eu demorei para perceber que você me ama e eu me sinto péssima. Minhas amigas e minha irmã sempre me falaram e eu ignorava falando que era loucura. Mas não é, você realmente me ama, você cuida de mim e da Ayla, desde quando eu entrei naquele hospital você nunca saiu do meu lado. Eu iria falar com você porquê eu desconfiava, mas eu queria ouvir da sua boca o que você sente por mim, queria saber se era verdadeiro!

Fer: Quando eu vi aquela cena hoje, eu jurava que tinha perdido você. Aquilo doeu mais que uma facada, eu estava disposto a me declarar, a falar de todo meu amor, mas naquele momento eu percebi que fui burro de não ter me declarado antes. Eu te amo como nunca amei ninguém! Há um mês atrás escrevi essa música para você, mas por um medo bobo eu não me declarei logo e perdi muito tempo. Minha vontade foi sempre beijar você, ouvir você falar que me ama, que me quer e não quer sair do meu lado, assim como na música que eu fiz

Mai: Não perde mais nenhum segundo então Fer, me beija

Fer: Eu sonhei tanto com isso

-Ele levanta do banquinho que estava e cola nossos corpos. Nos aproximamos lentamente um do outro e finalmente senti seus lábios tocando no meu. Ele pediu passagem com a língua e eu cedi. Uma mão dele estava na minha cintura e a outra no meu pescoço. Senti todos os pelos do meu corpo se arrepiarem, aquele com certeza era o melhor beijo que eu já havia provado-

-Eu coloquei minhas mãos dentro da sua camisa e arranhei as costas dele. Ele encerrou o beijo e me deu vários selinhos. Sorri e nós ficamos nos encarando. Seus olhos escuros me exitavam e me fazia querer beijá-lo mais e mais-

Mai: Eu te amo

Fer: Eu te amo muito -E então ele me beijou novamente e eu senti mais chute. Pela proximidade o Fernando também sentiu- A Ayla chutou?

Mai: Sim. Quando eu entrei aqui e nós ouvimos você cantando ela fez uma festa na barriga. Falando nisso, sua voz é perfeita e eu amei a música

Fer: Tenho outra, senta aqui -Ele senta no banquinho e eu sento no colo dele-

E se juntar
Todas as luzes de São Paulo dos prédios e dos carros
Ainda não vai dar
Nem a metade do que eu sinto aqui
Tenta somar
E se for pouco o resultado junta todos os estados
E ainda conta o mar
Será que agora dá?
E aí?
'Cê tá duvidando de quê?
Se ainda não tá bom, me diz
Se falta alguma coisa pra você ( )
Quer que eu faça chover?
Pra poder contar os pingos da chuva
E ver que cada gota é um te amo pra você
Depois de tudo, sai na janela pra ver ( )
Quer que eu faça chover?
Pra poder contar os pingos da chuva
E ver que cada gota é um te amo pra você
Depois de tudo, sai na janela pra ver

Eu 'tô em cada luz que São Paulo acender


Mai: É linda -Eu abracei ele chorando-

Fer: Como você -Ele me beija novamente, dessa vez não era calmo, demonstrava desejo-





Pretendia demorar mais com esse beijo, mas vocês pediram tanto que eu resolvi ceder kkkkkkk

Comentem bastante e não esqueçam da estrelinha

Leito 77 (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora