{Capítulo 18}

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*Maiara on

Semanas depois..

-Semanas se passaram e eu estava só esperando o momento da Ayla. Biah falou que tinha visto o Lucas quando fomos para o barzinho, eu interroguei ela e ela disse que tinha quase certeza, mas poderia ser culpa da bebida. Optei por essa opção, ele não apareceu mais-

-Deixei o Fernando por uma semana no vácuo, ele mereceu. Paulinha estava quase namorando e eu estava aqui esperando o meu amor que não tinha data prevista para vim. Estava tendo plantão, eu deveria tirar minha licença, mas eu não quero parar de trabalhar. Estava caminhando por um daqueles corredores desertos e com luz baixa-

-Todos já estavam dormindo e eu também iria. Estava chegando no quarto quando senti alguém me empurrar e minhas costas baterem na parede me fazendo soltar um gemido de dor. Já ia xingar quem fez isso, mas quando vi quem era eu fiquei sem reação. Eu encarava ele e meu corpo inteiro tremia, ele tapou minha boca antes que eu gritasse-

Lucas: Se gritar, eu mato você

Mai: O que você quer?

Lucas: Senti saudade Maiarinha

Mai: Me deixa em paz

Lucas: Sempre soube que você fosse gata, mas não que tinha mais de uma vida. Deveria estar morta

Mai: Vá pro inferno! Eu deveria estar como suas ex's? Você é um monstro, você merece pagar por tudo o que você fez -Sinto ele dar um tapa no meu rosto. Não recuei e acertei o rosto dele também-

Lucas: Esse filho é meu não é?

Mai: Não

Lucas: Sei que sim. Não usávamos contraceptivos

Mai: Eu usava diu. Eu nunca engravidaria de você e foi a melhor decisão

Lucas: Você mentiu pra mim? Porra Maiara, você consegue me deixar louco -Ele aperta me pescoço e eu chuto a barriga dele-

Mai: Já falei pra não tocar em mim. Me deixa em paz eu estou feliz com o meu noivo e essa filha é dele!

Lucas: Eu vou voltar -Ele sai com a mão na barriga-

Mai: Me deixa em paz, some da minha vida!

Lucas: Eu te amo

Mai: Você é psicopata -Ele sorri e vira o corredor. Respirei aliviada, mas logo vi um líquido escorrer nas minhas pernas- Puta que pariu!

-Caminhei até o quarto com muita dificuldade, eu estava sentindo dores desde cedo, mas agora está mais forte. Pedi socorro e logo todo mundo levantou desesperado, me colocaram em uma cadeira de rodas e me levaram para o quarto preparado para parto natural/humanizado-

Biah: Respira Maiara

Mai: O Fernando, alguém liga pro Fernando, eu preciso dele

Paulinha: Eu estou ligando já

Mai: Tá doendo! -Comecei a chorar-

Biah: Vou ligar para a sua doula -Biah sai desesperada-

Paulinha: Oi Fernando, onde cê tá? -Ele responde e ela logo continua- A Maiara entrou em trabalho de parto. Ele quer falar com você -Ela me entrega o celular-

Ligação on

Mai: Oi Amor

Fer: Ei, calma. Nossa princesinha está chegando!!

Mai: Dói tanto... Eu quero você aqui

Fer: Não sei se consigo ir

Mai: Por favor tente, faça o impossível. Você é minha força

Fer: Vou agora mesmo tentar. Me mantenham informado e tenha calma, vai dar tudo certo

Mai: Eu te amo

Fer: Eu amo vocês

Ligação off

Biah: A doula já está a caminho

Paulinha: O Fernando vem?

Mai: Eu não sei, eu só preciso dele -Eu soluçava de tanto chorar. As meninas vieram me abraçar e eu acabei dormindo-

-Acordei e já estava amanhecendo o dia. Biah e Paulinha estavam ali ainda, a doula e a obstetra também. Doía muito, logo vieram me dar o primeiro toque e tinha dilatado seis centímetros. Maldita hora que fui colocar fotógrafo para registrar o parto, eu estou estressada já-

-Fiz alguns exercícios e minha dor só aumentava mais e mais. Mais uma vez me examinaram e eu havia dilatado os dez centímetros. Não, eu não podia, não sem o Fernando ali, ele não deu notícias e se deu eu não sei pois não sei onde está meu celular. Já havia colocado força com as pernas abertas, já havia agachado e agora estou em pé-

Doula: Você consegue Maiara

Mai: Eu não teria tanta certeza -Coloquei força mais uma vez. Eu estava vendo estrelinhas já-

Mara: Você é forte

Mai: Eu preciso do Fernando

Doula: E onde ele está?

Mai: Em BH. Já tem um mês

Doula: Que situação

-Continuei tentando e eu não aguentava mais ficar de pé. Entrei na banheira, por que não tentar ali? A água morna também ajudava aliviar um pouco a dor e eu estava mais calma. Ouvimos a porta sendo aberta e eu sorri, senti que poderia rasgar minhas bochechas-

Obstetra: Quem é você? Só permitimos a irmã ou o pai da criança

Fer: Eu -Interrompi ele-

Mai: Ele é o Pai. Esse é o Fernando e a Ayla é nossa filha

Obstetra: Oh, me desculpe. Pode entrar

Mara: Graças a Deus o Pai chegou -Maraisa sorri- A Maiara não parava de chamar por você

Fer: Eu estou aqui -Ele sentou atrás de mim- Você é forte, você consegue

Mai: Dói tanto -Voltei a chorar-

Fer: Já vai passar

-Voltei a colocar força e eu senti algo descendo de vez. Ela estava no canal vaginal, coloquei força mais algumas vezes e meu Deus, a cabeça e os ombros são difíceis para sair. Gritei alto e coloquei a força que me restava. E no dia vinte e quatro de maio de dois mil e vinte um, nove e doze da noite minha princesa chegou-

Obstetra: Essa queria vim, veio segurando o diu -Rimos e ela tirou o diu da mão da minha bonequinha-

-Eu chorava muito e o Fernando não estava diferente. A médica pegou ela e eu expeli a placenta, colocaram minha princesa nos meus braços e ali eu senti a melhor sensação, eu era mãe e viveria para ela para sempre. Ela segurou o dedo do Fernando e a Maraisa deu um beijo na outra mão dela-

Fer: Seja bem vinda princesa

Mara: Seja bem vinda linda da titia

Mai: Seja bem vinda, minha Ayla Pereira Zorzanello

-O Fernando nos abraçou chorando. Ele merecia esse lugar desde quando eu conheci ele. No fundo ele sempre foi pai dela e a minha Ayla sentia isso-

 No fundo ele sempre foi pai dela e a minha Ayla sentia isso-

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(5/5)
EU TÔ CHORANDO

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