{Capítulo 55}

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*Fernando on*

-Estava no plantão quando vejo a ambulância chegar e a Biah vim desesperada me chamar. Quando vi a Maiara ensanguentada saindo da ambulância eu me desesperei! Levei ela as pressas para o centro cirúrgico, lá fizemos exames e estava tudo bem com o bebê, e ela. Na verdade estava na medida do possível, já que ela teve descolamento da placenta-

-Mas a saturação dela estava baixa, colocamos o oxigênio nela e vimos a máquina que monitorava os batimentos pararem. Não, ela não pode morrer. Tentaram me tirar dali pois eu comecei a gritar e chorar desesperado, eu não podia ficar ali pois era marido, mas não me importei pedi para todos se afastarem e peguei o desfibrilador. Preferi não usar a potência máxima, mas não resultou em nada-

Fer: Paulinha, uma dose de adrenalina anda -Falei enquanto subia em cima da Maiara e começava a massagem cardíaca. Logo ouvi seus batimentos voltarem-

Biah: Você conseguiu, vem -A Biah me tirou de cima dela e me tirou dali-

-Liguei para a Maraisa e ela veio correndo. Sempre que podia eu ia visitá-la, pela manhã o ginecologista examinou ela e conversou comigo pois sabia que eu era marido dela. Recebi o resultado da sexagem e fiquei tão feliz por saber que era um menininho, meu Benjamim-

-A Maiara acordou pela manhã e eu mesmo examinei ela, e dei alta. Eu estava escondendo algo dela, mas prefiro assim pois não quero preocupar ela. Falei que ela pode não aguentar levar essa gestação até os nove meses por causa do descolamento da placenta, isso é verdade, mas o que eu não falei é que se ela aguentar até o final dessa semana é milagre. Foi grave o acidente e ela não aguenta mais duas semanas-

-A quarta feira passou voando pois eu dormi o dia inteiro e hoje eu estava em mais um plantão. Dei "folga" para a Biah pra ela cuidar da Maiara em casa, pedi para ela inventar uma desculpa de que conseguiu um dia de folga e resolveu ficar com ela-

*Maiara on*

-A Biah veio ficar comigo de manhã, fiquei assustada pois ela tinha plantão hoje mas ela disse que tirou folga. Eu estava sentindo algumas contrações, mas deve ser normal, a Biah foi ao banheiro e eu acabei derrubando meu celular no chão. Abaixei com cuidado, mas uma dor insuportável veio e eu senti um líquido nas minhas pernas-

Mai: Merda! SOCORRO -Logo vi a Kamilly, a Biah e a Nete correndo-

Biah: O que você tá fazendo? Você não pode

Mai: Fui pegar meu celular e minha bolsa estourou -Comecei a chorar, não era a hora- Não tá na hora

Biah: Respira Maiara, vou pedir uma ambulância

Nete: Vou dormir aqui hoje com as crianças

Mai: Obrigada Nete

Kamy: Toma água mãe -A Kamilly me entrega um copo e eu bebi a água-

Biah: Já está a caminho. Respira fundo

Alice: O que aconteceu mamãe?

Ayla: Mama tá cholando?

Kamy: O nosso irmãozinho vai nascer. Vão para o quarto de brinquedos

Alice: Vem Lala -Alice segurou a mão da Ayla e ela estava andando-

Mai: Meu Deus, minha filha tá andando gente!!

Ayla: Lilice ajuda a Ayla Mama

Mai: Sua irmã é a melhor! Agora vão

Biah: Está sentindo muita dor?

Mai: Não dói Biah, eu não sinto nenhuma dor

Biah: A ambulância chegou -A Nete abriu a porta e eles me deitaram na maca. Não sei pra que esse exagero se não sinto nada, a Biah pegou as bolsas e me acompanhou- Como comprou roupa se não sabia o sexo?

Mai: Comprei unissex e um pouco de cada

Biah: Entendi. Sem dor ainda?

Mai: Sim, só sinto que estou perdendo líquido

Biah: Provavelmente dar para ser um parto normal

Mai: Queria que fosse igual o da Ayla

Biah: Torce para você sentir dor. Quando chegar lá vão aplicar remédio pra você sentir dor

*Fernando on*

Paulinha: Doutor Fernando, a Maiara tá lá fora na ambulância. A bolsa dela estourou -Nem deixei a Paulinha terminar de falar e corri para a entrada do hospital-

Fer: Meu amor, tá bem?

Mai: Estou, me tira daqui. Eu não sinto dor pra ficar deitada

Fer: Vem aqui -Peguei ela no colo e tirei da ambulância- Tá sentindo alguma dor?

Mai: Não -Ela me abraça chorando- Não está na hora, eu estou com medo

Fer: Vai tudo certo minha vida -Beijei a testa dela- Vamos entrar

-Fizemos a ficha dela e levaram ela para um quarto. Mais uma vez no local onde conheci ela, onde fiz confissões e onde me apaixonei por ela, o leito 77. Logo vi a obstetra entrar no quarto e sorri pra mim-

Vitória: Boa tarde. Oi doutor Fernando

Mai: Boa tarde

Fer: Boa tarde Vitória, essa é a minha esposa -Vejo seu semblante mudar-

Vitória: Como se sente?

Mai: Bem. Cadê minha obstetra?

Vitória: Você contratou uma?

Mai: Sim, ela já deve estar chegando

Vitória: Ok -Ela sorri pra mim novamente e sai. A Maiara ia levantar, mas eu segurei ela-

Mai: Puta! Vou ver se ela vai rir para o marido alheio depois que eu quebrar pelo menos três dentes dela

Fer: Calma bravinha -Dei vários beijos nela- Cadê sua obstetra?

Mai: Liga pra ela

Fer: Ela não está a caminho?

Mai: Claro que não, não tive tempo para ligar

Fer: Você não existe -Comecei a rir e liguei na pediatra- Ela só vai poder vim amanhã, hoje ela não tem plantão e está viajando

Mai: Merda

Fer: O plantão da Vitória acabou, agora é a Natália

Mai: Tá bem informado em

Fer: Eu sou chefe da equipe esqueceu?

Mai: Tinha esquecido. Cadê essa tal de Natália em?

Fer: Vou ligar pra ela -Liguei para a Natália e logo vi ela entrando no quarto-

Natália: Boa tarde -Diferente da Vitória a Natália é bem fechada e é raro ver um sorriso em seu rosto- Pelo que vi aqui Maiara você não sente nenhuma dor certo?

Mai: Sim

Natália: Mas está perdendo líquido?

Mai: Estou

Natália: É parente doutor Fernando?

Fer: Marido

Natália: Ah, vi o sobrenome agora. Pede a Paulinha para trazer a ocitocina pra mim ou o senhor se não estiver ocupado

Fer: Tá bom -Corri e peguei o comprimido. A Maiara bebeu e deitou novamente-

Natália: Como já te examinei e tá tudo bem com você e o bebê. Vou te dar o toque pra ver se está dilatando, abra bem as pernas -Segurei a mão da Maiara e a Natália colocou a luva, e lubrificou o dedo. Ela colocou e ficou mexendo sem dó, vi as lágrimas molharem o rosto da Maiara-

Fer: Calma Amor

Natália: Três centímetros até agora. Vou ver se o remédio faz efeito -Ela joga a luva fora-

Fer: Não seria melhor fazer a cesárea?

Natália: Não dei o remédio atoa doutor Fernando, a obstetra aqui é eu -Ela sai-













Bicha ignorante

Comentem bastante e não esqueçam da estrelinha

Leito 77 (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora