pogues and kooks - outer banks

04

*S/n on*

"Isso foi tão confuso para uma garotinha de 8 anos…"

Coloco o celular em meu ouvido novamente.

—Eu não sei quais são seus objetivos, Miller, mas se você continuar mandando esses caras para me perseguirem, eu juro que vou matar um por um. – ameaço ele.

—Nossa, você é manipuladora, assim como seu pai… Mas me ameaçar não vai me fazer desistir do meu objetivo, eu vou até o final com isso, S/n. – sinto meu sangue ferver pela raiva. – Aliás, tem uma pessoa aqui que adoraria falar contigo…

—Olá S/n, ou deveria te chamar de "amor"? – reconheci a voz no exato momento que a ouvi.

"Esse desgraçado…"

—Eu não tenho nada para falar com você, Lucca! – Acabo me alterando um pouco.

—Bom S/n, eu sei que você ainda está chateada comigo depois daquele acontecimento, mas você tem que entender que eu fiz isso para te proteger. Eu sei que você está em outer banks, sei onde você mora e com quem você está tendo contato nesse momento, só estou esperando o momento certo para ir te visitar… Mas você vai ser uma boa menina e vir conosco para a base da 002, não é?

—Nem fudendo. – Consigo ouvir ele suspirar e rir.

—Então você vai querer fazer as coisas do jeito difícil, é uma pena, você vai vir para cá. Seja por bem, ou por mal…

"Idiota…"

Estou muito irritada por essas ameaças, tiro o celular de minha orelha e acabo quebrando ele em minha mão por apertar ele muito forte por causa da raiva.
Dei um soco na parede fazendo ela tremer pelo impacto.

"Droga, eu vou matar esses merdinhas."

Coloquei meu braço cobrindo meus olhos e dei um grito de raiva que ecoou por toda a casa.
Olhei para fora da casa e o cara havia fugido.

"Como eu vou falar para minha mãe tudo isso? Mas que porra."

Como preciso me desestressar de alguma forma, resolvo ir no restaurante dos pais da Kiara. Troco de roupa, pego meu celular e vou para lá.

Enquanto andava pela rua, senti os raios de sol tocaram minha pele me acalmando um pouco.

…

Cheguei no restaurante e fui procurar a Kie.

—Oi S/n, quanto tempo! – diz o pai da Kiara.

—Oi tio, você viu a Kiara?

—Vou chamar ela, pode se sentar em alguma mesa para esperar.

—Ok, obrigada.

Quando vi Kie puxei ela pelo braço e levei ela para fora do restaurante.

—Oi para você também, que foi?

—Vem logo, vamos dar uma volta.

—Você parece brava, tá tudo bem? – paro olho para ela e sorrio.

—Não. – Voltei a andar e ela me seguiu.

—Por que não?

—Longa história…

—S/n, você sabe para onde você está indo?

—Não, mas tô indo para onde minha intuição diz que é melhor.

—Tem uma praia aqui perto, ela é ótima para relaxar, vamos lá.

—Tá bem.

…