"O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança."
Kang Yosun
Ponto de Vistaㅡ O culpado vai desejar nunca ter nascido, ouviu? ㅡ Apertei o abraço com a lápide recém colocada, sentindo o nó na garganta se formar. ㅡ A Noona pede perdão por não estar lá, te protegendo. Não está sufocado aí embaixo, está?
Perdi a guerra de não chorar. As lágrimas rolaram sob minha pele e molharam o nome de Yeosang gravados, logo a visão se tornou opaca. Meu coração ainda estava sendo rasgado, pouco a pouco, vagarosamente.
Era culpa minha. Se eu estivesse com ele, não estaria abraçando uma coisa inanimada desse jeito. Estaria servindo café, vendo-o ser grosso com os membros e rejeitar meus abraços irritantes.
Mas era tarde. Eu estava viva.
Não quero mais estar, pensei.
Sequei o rosto com o dorso da mão, levantei do túmulo e andei em passos lentos para fora do cemitério. Desejando que o mundo acabasse logo, que as pessoas sumissem como fumaça e que o responsável pela destruição do meu mundo estivesse cara a cara comigo, suplicando pelo perdão em desespero enquanto mastigava sua carne ainda crua.
Odeio pensar demais, acabo me tornando o que meus pais queriam que eu fosse.
Adentrei um táxi disponível na estrada, entregando-lhe o endereço do meu destino. O lugar que costumo visitar em meus dias ruins. Um abrigo para moradores de rua que trabalham servindo os proprietários. Não é comparado a EDEN, mas pode ser similar em alguns aspectos assombrosos. O velhote que cuida dos negócios foi cuidador do meu Yeosang quando ainda não confiava no Jimin, o ensinou coreano durante o meu trabalho na ÉDEN, pois antes não queria que ele soubesse o que andei aprontando.
ㅡ Café sem açúcar e bolinhos de cenoura com bastante chocolate. ㅡ Fiz o pedido, logo sendo atendida.
ㅡ Aigoo! Finalmente resolveu aparecer, minha querida. ㅡ O velho apareceu sorridente, apressando os funcionários.
ㅡ Vejo que contratou pessoas. Engraçado que não recebi ligação alguma para falar sobre meu consentimento.
ㅡ Aqui está, ruiva. Eu avisei a ele que não era do seu agrado, mas como pode ver, ele não me deu ouvidos. ㅡ Um dos rapazes trouxe meu pedido.
ㅡ Vá cuidar do seu próprio nariz! ㅡ Mandou o velho, sendo obedecido. ㅡ Uns fugiram, precisei contratar. Desculpe por fazer isso pelas suas costas.ㅡ Óbvio, você batia neles. Não é assim que se educa uma pessoa. ㅡ Tomei um pouco do café sentindo o amargo me arrepiar. ㅡ Estou aqui em busca de alguém.
ㅡ Em específico?
ㅡ Alguém capaz de matar.
ㅡ Onde você mora é cheio de pessoas assim.
ㅡ Eles não teriam coragem de me matar.
ㅡ Matar você? ㅡ Indagou, ajustando-se na cadeira. ㅡ O que aconteceu?
ㅡ O Yeosang tá morto. ㅡ Encarei o bolinho de cenoura a minha frente, pois foi o que nos manteve vivos por um bom tempo antes da éden existir. ㅡ E eu não tenho mais razão para viver. Ele era tudo para mim.
ㅡ Quando você perde algo, precisa encontrar outra coisa.
ㅡ Yeosang é insubstituível, velhote. Cala sua boca. ㅡ Bati o punho na mesa. Um barulho vindo de seu quarto me fez desviar e flagrar um par de olhos nos brechando. ㅡ Quem está lá?
ㅡ Um novato selvagem. Precisei trancá-lo para resolver uns problemas que surgiram. ㅡ Ele riu fraco, me seguindo, pois eu iria verificar.
Mesmo com sua descrição, adentrei o cômodo pequeno e flagrei o dono do par de olhos amarrado pelos pulsos. Seu olhar era de desespero. Seu cabelo loiro similar ao de Yeosang cheirava mal, sua pele pálida estava um pouco suja e suada, e em sua bochecha direita havia uma cicatriz em forma de gancho.
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EDEN | jjk + pjm
Fiksi Penggemar(SENDO REESCRITA) Onde o filho mais novo da Máfia Italiana sofre um atentado e precisa fugir para outro país com seu guarda-costas mascarado. O melhor plano foi levar Jungkook para a Cafeteria Eden, em Seul, lugar pertencente a Jimin e que, além do...