Por que me fez acreditar em tudo isso? Queria me ver sofrer? Você ao menos me conhecia! Mas você se aproximou de um jeito tão sucinto e tão rasteiro, que quando percebi já estava te contando planos e mais planos. Você se incluía quase sempre neles.
Eu resisti o máximo que eu consegui, mas eu estava tão frágil que cedi. Talvez a culpa não seja inteiramente sua, também tenho uma parcela de culpa por acreditar em você tão facilmente, por ser essa pessoa frágil e necessitada de se sentir amada - o que nunca me ocorreu. Talvez se eu tivesse acreditado mais em mim ou nas minhas intuições, eu não estaria escrevendo isso que escrevo agora. Talvez se eu tivesse um pouco - um pouquinho mais que fosse - de amor próprio, eu não estaria pensando nisso tudo quase todas as noites e, parcialmente, durante o meu dia. Talvez se eu tivesse me esforçado mais um pouquinho, nada disso teria acontecido. Tudo culpa da minha necessidade de querer ser amada - querer isso, em si, não é o problema central, mas sim a forma que eu me forço a aceitá-lo.
Não sei se palavras serão suficientes para descrever o que sinto, porque nem sei direito o que eu sinto, mas a única coisa que eu sinto dentro de meu peito, é dor. A dor da mentira, a dor de entender que, durante esse tempo todo, eu amei sozinha... Novamente. A história se repetiu mais uma vez. Eu estava tão errada de pensar que seria diferente. Mas não foi, talvez nunca seja, talvez eu nem queira mais isso. Por culpa sua, talvez o amor não seja para mim.