DESEJO PROIBIDO

11

Zac

Eu estava com tanta raiva.

Mas tanta raiva.

Isaac não tinha o direito de se meter na minha vida daquele jeito.

Poxa, já fazia tanto tempo que eu não a via, eu queria tanto conversar com ela. Saber como estava, apenas ouvir sua voz e admirar seu sorriso. Eu não tentaria nada, não sem que ela me desse os sinais de que queria também.

Mas infelizmente não tive a oportunidade.

Ele ainda estava no palco tocando seu solo, mas a minha vontade era ir até lá e quebrar a cara dele.

Respirei fundo, esfregando o rosto com força.

- Zac, aconteceu alguma coisa?

Era Joan.

Como eu contaria pra ela que Mari tinha ido embora daquele jeito?

- Por que você está aqui?

Ela parecia genuinamente preocupada.

- A Mari, ela...

- Onde ela está?

- Ela foi embora, Joan.

- Mas porquê?

Joan franziu a testa claramente preocupada e enquanto perguntava já se dirigia à saída.

- Ike disse alguma coisa pra ela. Eu não sei o que foi, mas ela saiu no momento em que terminei meu solo e eu vim correndo atrás dela. Ainda assim, não consegui impedi-la.

Joan balançou a cabeça pros lados e depois me encarou.

- Ela não foi embora pelo que ele disse exatamente, embora eu não saiba o que foi. Mas se eu conheço seu irmão o suficiente, ele estava condenando-a por estar aqui e se esquecendo que o único que tem um compromisso aqui é você.

Ela suspirou, a irritação presente em seus olhos.

- Você tem razão, ele não tinha o direito.

Olhei pro chão, eu não conseguia encarar seus olhos enquanto via tanto julgamento

- Eu preciso ir atrás dela.

- Ela me pediu pra avisar que ia pro hotel.

- Obrigada!

- Joan?

Chamei antes que ela saísse.

- Diga a ela que eu sinto muito, por favor.

A tristeza se misturando a raiva dentro de mim. Eu queria ter tido a coragem de ir atrás dela e ter dito que não importava o que ele havia dito, nada era verdade.

- Eu acho que um dia você vai sentir bem mais, Zac.

E me deixando com aquelas palavras ela se foi.

- Ei, Zac. Hora de voltar.

Olhei pras escadas que era de onde vinha aquela voz que eu identifiquei ser de Taylor. Respirei fundo e então subi, não olhando em nenhum momento pra cara do Ike. Quando o show acabou, atendemos alguns fãs rapidamente, eu não estava com paciência pra isso agora.

No dia seguinte teríamos show em Anaheim, Califórnia. Eu não teria tempo pra procurar por ela, então mandei mensagem pedindo que me ligasse, que me contasse o que o Ike havia dito pra ela, que me perdoasse por ser tão estúpido e não ter pensado na possibilidade daquele hipócrita fazer algo contra ela. Mari não respondeu, mandei outra e depois outra quando já estava no avião a caminho da Califórnia, demorei algum tempo a perceber que eu não teria uma resposta. E aquilo doeu.