Capítulo 18 - Não me provoca

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Regina

Chegamos ao restaurante e fizemos nossos pedidos. Claramente pedi o meu vinho favorito; já Emma disse que não era acostumada a beber vinho, mas ainda vou fazê-la experimentar.

Não tem bebida melhor do que esse sabor amadeirado e intenso.

Estamos em uma conversa agradável; parece que todo o peso foi retirado dos meus ombros e finalmente consigo relaxar. Emma costuma conseguir me fazer esquecer de tudo e me concentrar somente nela.

Acabo por me distrair olhando para ela e derrubo um pouco de vinho na minha blusa. Pego o guardanapo e começo a limpar a região do busto quando olho para Emma e percebo que ela me encara, aparentemente esquecendo de respirar.

Não consigo me segurar e começo a provocá-la, passando lentamente o guardanapo na região e abro dois botões da minha blusa para facilitar.

— O que está fazendo? — pergunta, quase gaguejando.

— Me limpando, o que mais estaria fazendo, Swan? — digo em um tom de falsa inocência.

— Regina... é melhor parar. — fala, tentando desviar o olhar, mas falha miseravelmente.

Então continuo o que estou fazendo, pois me dá muito prazer em saber que posso causar essa reação nela.

De forma brusca, ela se levanta um pouco, ficando debruçada na mesa, e de repente, ficamos cara a cara. Agora quem fica sem ar sou eu.

Ela se aproxima ainda mais de mim e vejo o que quer fazer. Inclino minha cabeça para o lado e logo ela passa a beijar meu pescoço, me causando arrepios. Vai percorrendo o caminho até chegar em meu busto.

Meus deuses, que sensação é essa?!

— Não me provoca, Regina. — sussurra em meu ouvido e volta a se sentar normalmente. Nessa hora, já estou totalmente excitada, o que me deixa frustrada pelo fato dela ter parado. — A propósito, amei o gosto desse vinho — diz, passando a língua em seu lábio inferior. — Acho que você tem razão, preciso experimentar algo novo hoje — fala de forma maliciosa e começa a beber.

A noite passa voando. Bebemos diversas taças, o que para mim é natural, mas percebo que Emma já está um tanto quanto alterada por não estar acostumada a essa bebida. Muitos se enganam ao pensar que é uma bebida fraca, não mesmo.

Ela fez questão de pagar o jantar, o que só permiti quando ela aceitou que na próxima eu pagaria. Estamos saindo do restaurante quando percebo que não poderia deixá-la ir sozinha.

— Você não parece muito bem, Emma, vou te levar até sua casa e nem adianta protestar — ela só assente e dá de ombros.

Passamos o caminho todo em silêncio, mas percebo que ela me olha constantemente.

— Chegamos.

— Regina... não quer subir comigo? — fica evidente a sua intenção, e sim, eu quero, quero muito.

— Acho melhor não, Emma. Não vou ser a babaca que fica com uma pessoa bêbada. — Ela levanta a sobrancelha.

— Não é como se não quisesse quando estou sóbria.

— E o que é que você quer, Emma? — preciso ouvir isso dela.

Faz tempo que estamos nesse jogo, mas nenhuma de nós tomou a iniciativa de fato.

— Você. — diz sussurrando em um tom sexy. Na verdade, para mim, tudo nela parece extremamente sexy nesse momento.

— Não hoje. — Ela bufa e não consigo conter um sorriso. — Quem sabe não me diz o mesmo quando estiver sóbria e vemos no que dá — falo e ela olha em meus olhos. — Mas vou te deixar lá em cima, não vou deixar você subir sozinha nesse estado.

O amor pode ser complicado (SwanQueen)Onde histórias criam vida. Descubra agora