Capítulo 34 - Neal?

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Emma

Vou despertando lentamente, já podendo sentir a luz do sol invadir o quarto. Posso sentir meu corpo ainda um pouco cansado, como se tivesse participado de uma verdadeira maratona no dia anterior.

Me detenho em abrir os olhos quando sinto um beijo no meu rosto, fazendo com que os abra imediatamente. E aqui está ela, sentada na cama, já arrumada para o trabalho, impecável.

Não consigo segurar um suspiro; essa é a melhor visão que poderia ter ao acordar.

— Bom dia. — Regina fala.

— Bom dia. — Respondo, olho para o relógio na cabeceira da cama e vejo que já está tarde. — Por que não me acordou?

— Você estava dormindo tão tranquilamente que não tive coragem de interromper. Além do mais, achei que precisava descansar.

— Ah, isso precisava mesmo. Acabou comigo ontem. — Falo, e ela dá um sorriso maravilhoso.

— Nada como um bom sexo de reconciliação. — afirma, dando uma piscada. — Se serve de consolo, eu também já estou atrasada. — Ela brinca, e nós duas rimos. — Aqui. — Diz, estendendo uma bandeja com o café da manhã. — Precisa se alimentar bem.

— Assim vai me deixar mal acostumada. — Falo, me levantando um pouco para ficar encostada, segurando a bandeja em meu colo.

— Não vejo problema nisso. — Diz, me dando um selinho. — Preciso ir trabalhar agora, e você também precisa tomar logo o café e se arrumar para sair. Nos vemos mais tarde? — pergunta, e não consigo segurar o sorriso.

— Claro, aqui ou na sua casa? — Ela parece estar pensando em algo.

— Na minha. — Responde, pegando algo no bolso. — Toma. — Ela estende a mão para mim, e só quando pego o objeto vejo do que se trata.

— Isso é a chave da sua casa? — Não consigo esconder minha surpresa. Ela assente e dá de ombros.

— Assim você pode entrar sem precisar me esperar. Às vezes acabo demorando um pouco para conseguir sair da empresa, é melhor que tenha acesso. — explica, e não consigo parar de pensar se ela tem noção real do passo que está dando. — O que foi? Algo errado? — Pergunta, confusa, acho que por conta da minha reação.

— Não, não, não tem nada de errado. É só que... Regina, eu não quero que se sinta pressionada a nada.

— Eu não estou pressionada, Emma. — responde, me encarando. — Contanto que você não vire a casa de cabeça para baixo, por mim não tem problema algum. Para você tem? — Não consigo controlar o riso.

— Lá vem a maníaca por organização. — Digo, ainda rindo.

— Maníaca não, você é que gosta de uma bagunça daquelas. — fala, rindo também. — Mas e então, algum problema? — Pergunta, com expectativa.

— Não. — respondo, e dou um selinho nela.

— Ótimo. — Fala, abrindo um largo sorriso, um dos mais lindos que ela esboça e que é mais raro de ver. Nunca me canso de admirar. — Vou indo para a empresa. Nos encontramos em casa no fim do expediente. — se despede, me dando um selinho e mordendo meu lábio inferior.

— Até mais tarde. — Digo, e ela sussurra um "até" e vai embora.

Penso em tudo que vivemos desde ontem e não posso acreditar que finalmente estamos tão bem assim.

Regina

Cheguei há algumas horas no trabalho, mas não paro de pensar em Emma, na forma como ela foi compreensiva comigo. Ainda não consigo acreditar na sorte que tive de encontrar uma mulher tão especial.

O amor pode ser complicado (SwanQueen)Onde histórias criam vida. Descubra agora