𝔗𝔥𝔢 ℜ𝔦𝔳𝔞𝔩 𝔐𝔞𝔣𝔦𝔞 𝔅𝔬𝔰𝔰 || ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ

𝐵𝑖𝑟𝑡ℎ𝑑𝑎𝑦

CLARE P.O.V

Acordo com uma puta dor em minha mão, já era meio óbvio que ficaria assim, como eu sou patética. O otário do Hacker tem razão, e pra piorar ainda mais meu dia de merda, hoje é uma data que eu odeio com todas as minhas forças

Se pensou na data em que nasci está correto, hoje é meu aniversário e o motivo de eu odiar é que minha mãe morreu nesse mesmo dia, que azar do caralho

Me sento na cama soltando um suspiro longo passando minha mão esquerda em meus rosto ainda com sono, pego meu celular na cômoda ao lado da cama e vejo que ainda são as exatas 05:26 da manhã

Levanto e caminho até o banheiro onde faço minhas higienes, me arrumo, como de costume colocando minha calça de couro e minha jaqueta preta. Como não estava afim de vestir minha bota coloquei um tênis, deixei meu cabelo solto e peguei meu capacete e a chave da moto

Destranco a porta do meu quarto devagar afim de sair sem que ninguém perceba mais falho ao ver Jaden parado na porta ao lado fumando um baseado

— Puta merda — murmuro baixo

— Onde pensa que vai? — dou de ombros e continuo andando — O filha da puta

Me viro e o encaro com os braços cruzados

— O que quer? — pergunto como se estivesse esquecido

— Não se faz Clare, esqueceu que hoje é seu- — o interrompo antes dele falar alguma merda e alguém acabar ouvindo

— Não, hoje não é — ele me olha com os olhos cerrados

— Bebidas, só bebidas pra comemorar — solto um risinho

— Jaden não! Odeio festas, muito menos esse dia. Eu juro que se falar pra alguém eu te mato — o mesmo revira os olhos e me seguro para não estapear o garoto ali mesmo

— E onde vai a essa hora?

— Vou passar o dia fora, não tenho horário pra voltar — deixo um beijo em sua buchecha e saio corredores a fora

— Se cuida — ouço Jaden sussurrar mas apenas ignoro

Desço as escadas na ponta dos pés, não queria que mais ninguém acordasse caso contrário iria ser uma interrogação do caralho

Assim que chego até a porta principal e estou prestes a abrir-la escuto alguém atrás de mim

— Achou mesmo que iria sair sem que eu visse — está escuro demais pra ver mas reconheço pela voz e pelo cigarro

— Mas que caralho — bufo

— Onde vai? — Hacker caminha até mim enquanto eu o olhava com raiva

— Só vou tomar um café — falo simples

— As 06:00 da manhã? — assinto

— As cafeterias abrem cedo sabia? — o mesmo se aproxima mais me prensando contra a porta

— Não mente pra mim Clare — sinto sua respiração em seguida soltando aquela fumaça na minha cara me fazendo tossir

— Joga essa fumaça na cara do teu pai — o empurro pra longe de mim — Ah é mesmo, ele tá morto!

Assim que falo vejo Vinnie com uma mistura de expressões. Okay, eu peguei pesado

— Vai onde quiser, mas de for pega por alguns dos seus milhares de rivais, não vou ir correndo te ajudar — ele joga seu cigarro em um cinzeiro que havia ali em cima da mesinha no centro da sala e sobe as escadas sem falar mais nada

Respiro fundo e abro a porta, pego minha moto e arranco dali o mais rápido possível

(...)

Estaciono na esquina da cafeteira que sempre venho e caminho observando o dia nublado e escuro. Entro no estabelecimento no qual toca uma música antiga suave enquanto o cheiro de donuts fresquinhos invadem minhas narinas

— Clare, que bom te ver — Madelyn me recebe logo na entrada com um sorriso estampado em seu rosto

— Acho que vai trabalhar aqui pro resto da vida — solto um risinho fazendo a mesma rir

— Aqui é um ótimo lugar, aliás essas são minhas economias pra faculdade — nos direciona até uma das mesas disponíveis

— Entendo — sorrio

— O de sempre senhorita? — assinto e a mesma sai com seu bloquinho de notas

Enquanto estava a espera do meu café pensava em qual seria o emocionante dia pela frente, quantas pessoas só hoje iriam tentar me matar?

É, quando sua cabeça está a venda por gangues poderosas e por um preço alto pra caralho, não pode deixar passar nada, preciso ficar atenta aos mínimos detalhes

— Aqui está — Madelyn chega com meu pedido me despertando do transe

— Obrigada Mad — lhe pago com um sorriso deixando uma gorjeta

Dou um gole em meu café e caminho até um lago ali perto, e pra minha sorte não havia ninguém. Sento em um banco tirando do pequeno pacote alguns dos donuts, observo os patos nadando naquele lago de uma cor desconhecida no que me dá nojo

Meu café estava ótimo, estava tudo muito tranquilo na real. O que me preocupava

— Desculpa Clare... — escuto uma voz suave próximo ao meu ouvido e uma arma apontada pra minha cabeça

Eu e meu instinto que nunca erra

"Mas que merda"

To voltando aos poucos 🤧👍🏽