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Os sapatos de Edmund estalaram ruidosamente no piso de mármore do castelo enquanto ele corria pelos corredores, procurando por você. No caminho, ele fez questão de perguntar aos servos se eles sabiam seu paradeiro, mas todos eles balançaram a cabeça, confusos como se não soubessem por que o rei parecia tão assustado.
"Algum problema, meu rei?"
Com uma leve sacudida de cabeça e um suspiro exasperado, ele se afastou, indo para a enfermaria, onde esperava que finalmente encontrasse você.
Poucos minutos antes, Lucy o havia informado sobre sua noiva ferida, que se machucou em uma batalha. Não foi uma luta de verdade, apenas o seu treinamento diário, mas de acordo com a irmã mais nova de Edmund, o corte em sua pele era bem profundo.
Invadindo a sala cheia de camas de hospital, ele fez com que a cabeça de cada enfermeira virasse em sua direção. O olhar que ele enviou foi suficiente para fazê-los entender exatamente o que - ou quem - ele estava procurando.
Uma das enfermeiras fez sinal para que ele a seguisse e ele o fez, deixando que ela o conduzisse até uma das camas, onde você o aguardava com um pequeno sorriso e ataduras no braço.
"Oi", Edmund quase sussurrou, um pequeno sorriso se estabelecendo em seu rosto enquanto ele se sentava na beira da cama. Gentilmente pegando sua mão na dele, ele entrelaçou seus dedos e levou sua mão à boca, pressionando seus lábios contra seus nós dos dedos. "Como você está se sentindo?"
Você riu, um brilho de diversão em seus olhos ao observar a expressão preocupada de Edmund. "Eu estou bem. Ou tão bem quanto você pode sentir com uma ferida profunda no braço. Mas não se preocupe, as enfermeiras dizem que poderei lutar em alguns dias. "
"Nuh-uh, não vai acontecer, milady. Eu não quero ver uma espada em sua mão até que você esteja completamente curada "
"Mas..."
"Não! S/N, você tem alguma ideia de como fiquei com medo quando descobri que você estava ferida?" Sua voz tremeu levemente com a lembrança e ele passou a mão pelos cabelos, apertando sua mão com mais força para se acalmar.
Você sorriu com as palavras dele, o calor caindo sobre você enquanto pensava sobre o quanto ele se importava com você. Foi bom tê-lo ali, ao seu lado o tempo todo, mesmo que você se considere uma mulher independente.
Ele era reconfortante, como uma parede que separa você de todos os seus problemas. Apenas o sorriso dele era o suficiente para tornar o seu dia três mil vezes melhor e cada toque, abraço ou beijo fazia seu coração bater mais rápido. Pode parecer patético, como você estava perdidamente apaixonada, como uma história de amor de dois adolescentes sem noção.
Também pode parecer mágico demais para ser real, mas era real. Mais real do que qualquer outra coisa que você já experimentou.
"Com medo, hein?" Você riu. "Se eu não soubesse melhor, pensaria que você se apaixonou por mim, Rei Edmundo"
O garoto zombou, seus cabelos castanhos escuros caindo em seus olhos verdes que pareciam ter mais adoração do que aborrecimento. Você trouxe sua mão livre até o rosto dele, afastando o cabelo de seus olhos, mordendo o lábio enquanto vocês dois compartilhavam um olhar íntimo.
Edmund reprimiu um sorriso ao se inclinar para a frente, pairando sobre você enquanto você se deitava na cama. Ele pressionou seus lábios contra os seus, mal os tocando, antes de se afastar e deixar você querendo mais. Um sorriso rastejou em seu rosto.
"Bem, parece que alguém precisa de atenção"
"Acabei de abrir meu braço", você bufou. "Claro que preciso da atenção do meu lindo noivo"
"Oh, então agora sou seu noivo?" Ele brincou. "Um minuto atrás eu não era nada além de um garoto que se apaixonou por você"
"Cale a boca e me beije"
Com um brilho travesso nos olhos, Edmund se inclinou sobre você novamente, desta vez seus lábios tocando os seus totalmente em um beijo faminto e apaixonado. Você colocou seu braço não ferido sobre os ombros dele, puxando-o para mais perto de você enquanto a língua dele entrava em sua boca.
Um suspiro escapou de seus lábios e você fechou os olhos, absorvendo a sensação do beijo. O corpo de Edmund pressionado contra o seu, as mãos dele na sua cintura, o cheiro do perfume dele que enchia o seu nariz; tudo nublou seus sentidos.
Nenhum de vocês queria se mover; era muito agradável ficar naquela posição, os dedos dele roçando sua pele, seus olhos bem fechados. Você queria mais e podia sentir que ele também queria.
E mesmo que você estivesse deitada em uma cama de hospital, o beijo provavelmente teria se transformado em algo mais, se não fosse pela enfermeira que apareceu no momento exato.
"Rei Edmundo, há alguém que deseja falar com você aqui ..." A enfermeira fez uma pausa em seu discurso quando viu você e Edmundo se afastarem o mais rápido possível. Ela suprimiu um sorriso em suas bochechas aquecidas, balançando a cabeça se desculpando e saindo da sala imediatamente.
Seus saltos puderam ser ouvidos na enfermaria por alguns segundos antes de desaparecerem, deixando você e Edmund para trás, muito nervosos. Alguns minutos se passaram antes que você risse da situação em que se encontrava, ganhando a atenção de Edmund.
"Bem, isso foi estranho"
"Sim, foi" ele olhou para você com cautela, um sorriso agora brincando em seus lábios. "Deixe-me compensar por você."
