Sonho ou Pesadelo?

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– Merda, você é tão gostosa que não acredito que é real. – Rafe diz.

– Rafe você ta me machucando.

– Desculpa boneca, quer que eu pare?

- Eu nunca disse isso.

Rafe ri e continua estocando rápido e me olhando com aqueles lindos olhos que eu tanto amo.

- Lia você está tão...

- ATRASADA! - Acordo assustada com uma voz.

- MERLIA ACORDA! A ESCOLA! - Grita meu irmão.

Levanto rápido e assustada procurando minha mochila até que vejo meu irmão sentado na minha cama e rindo.

– Do que você está rindo dax? – Pergunto irritada cheia de sono.

– Hoje é sábado maninha.

– É sério? você me acordou a toa? EU TE ODEIO! – Grito estressada.

– Você estava sorrindo! Queria saber com o que sonhava. – Ele tem a cara de pau de dizer.

– Sonhava que você nunca mais voltava de viagem e mamãe e vovó me dariam toda a atenção do mundo.

– Babaca! - Diz ele rindo e então sai do quarto fechando a porta.

Ok, vamos recapitular. O que caralhos aconteceu? Como bucetas eu sonhei com Rafe Cameron? Sonho não, PESADELO! Como eu tive um pesadelo erótico com ele? Justo ele? Eu sou virgem meu deus!!!!!

Esse cara deve ter feito alguma coisa, não é possível, eu não acredito nisso.

Mais tarde, arrumo minhas coisas e vou para a casa da Sarah. Vamos fazer uma mini festinha ja que o pai e a madrasta dela viajaram. Quando digo mini é realmente mini! É apenas a gente. Eu, Cleo, Pope, JJ, Kie, Sarah, John B e a irmãzinha da Sarah, Wheezie.

Passei o dia inteiro tentando tirar a porra do sonh.. PESADELO, com o Rafe, da minha cabeça. Mas, assim que chego na casa de Sarah ele está la e é o que abre o portão para mim, e depois de ontem e do pesadelo de hoje, ele é a última pessoa que quero ver.

– Eai tampinha de garrafa! – Diz Rafe rindo enquanto me deixa passar.
Puta merda ele sem camisa... NAAAAAAAAO MERLIA NÃO!

– Vai se fuder! – Digo passando rápido para não escutar gracinhas.

Assim que bato o olho no JJ, Rafe sem dúvidas some da minha mente, é como se nunca tivesse existido.

Tem algo que não disse sobre JJ Maybank. Ele é um dos meus melhores amigos desde que comecei a andar com os pogues a uns dois anos. Ficamos próximos estupidamente rápido. E a regra do "pogue não pega pogue" foi pra puta que pariu quando nos pegamos bêbados na casa do John B.

Nunca passou de beijo e mão boba, nunca quis e ele sempre respeitou isso. Não é como se tivéssemos algo e eu gostasse dele, não gosto, a gente só fica quando ta bêbado e ta tudo bem.

– Heey olha quem chegou! Eai gatinha chega junto. – Diz JJ passando o braço por cima do meu ombro.

– Oi gente! – Digo sentando na borda da piscina com JJ.

– Sarah estou saindo, sem bagunça. – Avisa Rafe.

– Tchau Rafe. – Diz Sarah, meio seca. Essa é minha garota!

Assim que Rafe sai, JJ abre a boca.

– Ai sarinha, com toda a falta de respeito do mundo, eu não suporto o teu irmão. – Diz JJ, fazendo todo mundo rir.

– É tão bom ter alguém que concorde comigo!! – Digo rindo e abraçando JJ.

– Rafe sempre foi desse jeito, desde pequeno, sempre foi difícil para a gente lidar com ele. – Diz Sarah.

– Sempre foi um porre! – Eu e Kie falamos em uníssono. Todos riram.

Foi uma noite boa como qualquer outra que passo com meus amigos. A hora passa tão rápido quando estou com eles que eu amaria nunca mais voltar para casa. Fico para dormir na Sarah e acordo com uma ressaca infernal, ja sei que vou ficar aqui até isso passar.

Fui a primeira a acordar e decido fazer um café. São oito horas da manhã e vejo Rafe entrando na sala. Ele está agitado, como sempre, e é meio óbvio onde ele estava, Barry.

– Me da uma xícara de café, pequena. – Rafe diz, parece sóbrio, mas de ressaca.

– Esse não é a porra do meu nome, brutamonte.

– E esse não é a porra do meu, pequena.

Ficamos nos encarando e tentando falar baixo para não acordar ninguém. Depois de um minuto de um silêncio constrangedor e um jogo para ver quem pisca por ultimo, ele pisca e diz:

– Posso pegar o café? Por favor?

– Desde quando você é educado?

– Não sou.

– Por que está sendo então?

– Porque eu quero a merda do café.

– Não.

– Merlia, não me provoque. – Ele diz se aproximando e me espremendo contra a bancada da cozinha.

– Sai de perto de mim pé de bananeira. – Ja não tenho mais apelidos para pessoas altas.

– Vou te mostrar a banana.

É, ele ainda está chapado e mais infantil que nunca. Não sei como eu pensei que depois daquele dia no Barry, ele poderia mudar.

– Você não cresce nunca? – Pergunto, olhando em seus olhos azuis brilhantes.

– Faço a mesma pergunta para você, pequena.

– Eu acho incrível o jeito que você consegue ser um puta de um babaca desde quando era criança. – Esse joguinho ja me fez perder a paciência, e ele está cada vez mais perto.

O irmão da minha melhor amiga | Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora