O acordo

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Minha avó quase me quebrou na porrada. Minha mãe começou a brigar comigo quando chegamos em casa e minha vó decidiu chegar BEM NA HORA.

– Você não deveria ter falado assim com ele! independente de tudo ele é seu pai! – Grita minha avó.
– E quem disse que eu me importo? Nunca fez merda nenhuma pra mim e para o meu irmão! Eu quero que ele se dane!

– Seu pai não te abandonou, apenas nos separamos, isso não teve NADA a ver com você minha filha! - Diz minha mãe.

– E quem disse que isso é problema meu? – Digo e vou para o meu quarto.

Bem, pelo menos dessa vez eu não fiquei de castigo.
Tento dormir um pouco e depois de muito sacrifício eu consigo.

Acordo no dia seguinte as dez horas da manhã, até que está uma sexta-feira bem bonita, e graças aos deuses hoje eu não tenho aula.

Encontro minha família tão tranquila na sala que nem parece que brigaram comigo ontem. Meu irmão chegou hoje de viagem e já está jogado no sofá.

– Bom dia moranguinho. – Diz meu irmão.

– Bom dia Dax. Como foi de viagem? – Respondo ainda com sono.

– Foi bem tranquilo. – Diz ele. – Como foi la no Johnny?. – Meu irmão não chama ele de pai.

– Ah foi ótimo! Mamãe e vovó quase me meteram a porrada por eu ter enfrentado meu pai e o bolo ainda me deu dor de barriga.

– Pelo menos você não ficou de castigo.

– Dessa vez, na próxima ela vai ficar. – Minha mãe se intromete.

– Comprei pra você na viagem! – Meu irmão me entrega um saquinho e quebra o clima estranho que ficou.
Abro o saquinho e tem uma linda pulseira vermelha, branca e azul feita de miçangas.

– Meu deus irmão eu amei, obrigada! Você me conhece tão bem.

– Por nada moranguinho. Mas não é questão de te conhecer. Até um macaco sabe que você ama aquele livro de política, você ja leu umas cinco vezes! – Diz meu irmão.

– Ei! Eu li vbsa apenas quatro vezes! mas mesmo assim, muito obrigada, eu amei.

O dia parecia estar indo bem, não tava muito a fim de sair então passei o dia todo lendo. Eu apenas esqueci que nada é tão fácil comigo.

– Tira essa merda agora! – Grita minha avó entrando no quarto.

– An? O que eu fiz agora? – Pergunto meio confusa.

– Essa sua foto de perfil! Ótimo que você apoie uma causa, ótimo mesmo, mas não precisa por dois caras se beijando em uma rede social, precisa? – Diz ela.

– É sério isso? – Rebato furiosa. – É só uma fan art estúpida que eu fiz, sério mesmo que isso te incomoda tanto?

– Tira ou eu tiro seu celular. – Ela diz e sai do quarto.

Odeio dar o braço a torcer, mas eu não posso ficar de castigo denovo, então tiro a foto e faço uma nota mental de esperar até eu for maior de idade para me assumir pansexual.

Ainda estressada com isso decido sair, essa merda foi um ótimo gatilho para eu explodir como eu ja não explodia a algum tempo (uns três dias).

– Estou saindo. – Aviso para minha família.

– Vai aonde?. – Pergunta meu irmão.

– Vou sentar em algum lugar para ler um pouco em paz. – Digo e saio andando.

O irmão da minha melhor amiga | Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora